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SÃO PAULO – O empresário Marcelo Odebrecht entregou à Polícia Federal documentos para comprovar doações oficiais de R$ 4 milhões ao Instituto Lula saídas do Setor de Operações Estruturadas da empreiteira — conhecido como departamento de propinas da companhia. Além de e-mails, o executivo apresentou notas fiscais em dois novos depoimentos prestados em 8 e 21 de agosto, no inquérito que investiga suspeita de propinas pagas ao Instituto Lula por meio de palestras do ex-presidente.
Conforme apontam matérias do blog do jornalista Fausto Macedo, d’O Estado de S. Paulo, nas mensagens, Marcelo informa que os repasses seriam feitos por via legal, mas debitados de um total de R$ 15 milhões da planilha “Italiano”, apontada como a conta gerenciada pelo ex-ministro Antonio Palocci. Os recursos teriam como destino final “Amigo”, que a empreiteira informa ser codinome usado como referência a Luiz Inácio Lula da Silva.
Segundo Marcelo Odebrecht, os pagamentos acertados pelo petista com seu pai, Emílio Odebrecht, não se limitaram aos registrados no codinome “Amigo” da planilha de propinas “Italiano”, que o ex-ministro Antonio Palocci confessou ser seu apelido nos registros da empresa. O ex-comandante da Fazenda na gestão Lula negocia acordo de delação premiada com as autoridades.
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De acordo com o empresário, houve outros pagamentos a Lula que não transitaram pela conta “Italiano”. Conforme noticia o jornal, Marcelo apontou que na conta do ex-ministro houve “dois créditos decorrentes de pedidos de contrapartida específica: valores ‘LM’ e ‘BK’, que totalizaram 114 milhões”. E que, além destes, “houve outros créditos somados a estres”, que “totalizaram cerca de R$ 300 milhões”.
Interrogado em 8 de agosto, o executivo disse que os pagamentos a Lula acertados com Emílio não se limitaram aos registrados no codinome “Amigo” do total de R$ 15 milhões da planilha de propinas “Italiano”.
O advogado do ex-presidente, Cristiano Zanin Martins, diz que Lula não recebeu qualquer doação ilegal da Odebrecht ou de qualquer empresa. Além disso, ele sustenta que as doações questionadas não tiveram o petista como beneficiário, mas sim “entidade sem fins lucrativos que não se confunde com o ex-presidente”. “A tentativa de criminalizar o recebimento de doações legais para o Instituto Lula, retratadas em recibos, parece ser a nova onda da perseguição da Lava Jato contra o ex-Presidente Lula”, disse o advogado à reportagem do jornal.
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