Obama será “desculpa” para o mercado subir nos próximos dias, diz trader

Lateralização do Ibovespa deve-se aos fatores econômicos internos e não ao desenrolar das eleições norte-americanas

Felipe Moreno

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SÃO PAULO – A vitória de Barack Obama no pleito desta terça-feira (6) poderia até trazer uma injeção de ânimo a mais nos mercados. Mas para Juliano Carneiro, professor do portal julianocarneiro.com, o mercado estaria usando isso apenas como uma “desculpa” para iniciar um movimento que já estava previsto.

“Isso [a alta das bolsas] pode acontecer, sim. Mas caso ele comece a andar, não é a influência do resultado e sim um pequeno fator para início de um gatilho mais altista”, afirma o especialista. Haverá, porém, a reprecificação do índice no curto prazo, o que deve impulsionar a bolsa brasileira e as mundiais, já que havia um temor de que o resultado poderia demorar semanas para ser divulgado.

“Mas o mercado não estava esperando por isso para subir, estamos nesse patamar há muitos meses e não tem lógica dizer isso”, destaca o grafista. Para ele, o índice não havia andado recentemente por conta de fatores internos – e não em decorrência da política norte-americana. Nesta sessão, o Ibovespa atinge queda de 0,97%, aos 58.883 pontos por volta das 12h34 (horário de Brasília) – mas Carneiro acredita que a situação possa mudar nos próximos dias.

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Wall Street é diferente
O mesmo não pode ser dito nas bolsas dos EUA – estas sim respondem com mais força ao resultado de uma eleição. Embora os mercados estejam em queda nessa sessão, e o Dow Jones tenha atingido queda de 1,15% no início do pregão, a expectativa é de um rali altista nas próximas sessões. “Usualmente há um rali depois desses pleitos, já que uma eleição traz confiança para o país”, disse ao Portal InfoMoney David Halabu, da norte-americana Newmax Advisors.

“Com o Obama reeleito, o que vai mudar? Qual a justificativa? Pensar que o resultado irá mudar muito pode ser infantil”, afirma Carneiro. Para ele, a questão só teria realmente mudado caso o vencedor do pleito fosse o republicano Mitt Romney, que afirmou que taxaria a China de “manipuladora de moeda” e a boicotaria – enfraquecendo ainda mais a economia mundial.  “Isso iria afetar todo o mundo, principalmente países como o Brasil, com uma economia forte em metais e exportador de commodities para a China”, finaliza.

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