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SÃO PAULO – O discurso do presidente norte-americano Barack Obama na noite da última terça-feira (25), conhecido como State of the Union, reforçou a preocupação do líder com a reestruturação da competitividade e reorganização econômica do país. Suas propostas sobre o mercado de trabalho, em especial, foram bem recebidas, embora o mercado pareça aguardar mais detalhes sobre sua implementação.
“Ele precisa agir rápido”, alerta Mohamed El-Erian, da Pimco, destacando a prioridade que Obama deu ao mercado de trabalho. Isso, segundo o diretor da gestora de recursos, é essencial, já que a taxa de desemprego e subemprego está em 17% nos EUA, e 6,4 milhões de pessoas são “desempregados de longo prazo”.
Nesta manhã, outros analistas já haviam criticado a falta de especificidade das propostas. El-Erian avalia que, para atingir seus objetivos, Obama deve seguir três passos nas próximas semanas.
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Os três passos
A primeira etapa seria a divulgação de um calendário detalhado que, de fato, transformasse as deliberações em ações, especificando o que exatamente será feito. Depois disso, uma pessoa dentro do Gabinete do presidente deveria ser escolhida para trabalhar em parceria com Jeffrey Immelt, recentemente nomeado para o Conselho de Empregos e Competitividade.
“Sem este ‘czar dos empregos’, problemas de coordenação e guerras por território podem frustrar a implementação de medidas que perpassam muitas agências e outros âmbitos do governo”, alerta El-Erian.
Por fim, Obama precisaria deixar claro aos norte-americanos que a criação de empregos não pode mais depender de programas de estímulo ou de contratações federais, tampouco da recuperação de setores da economia que costumavam ser grandes contratadores, como a construção civil.
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Para El-Erian, investimentos destinados à educação, pesquisa e infraestrutura devem ser o centro de um programa para reestruturar a mão de obra e a competitividade da economia dos Estados Unidos, aproximando-a de setores mais globais e dinâmicos.
Reforma orçamentária
O CEO da Pimco avalia que o sucesso no combate à queda das vagas de emprego poderia até mesmo facilitar a reforma orçamentária que Obama propôs em seu discurso na última noite. O presidente deseja congelar os gastos em alguns setores do governo por um prazo de cinco anos, a fim de reduzir o déficit federal.
“Parafraseando o presidente, se os EUA vão ‘ganhar o futuro’, as palavras dele devem se traduzir em ações. É hora de ‘fazer grandes coisas'”, completou El-Erian.
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