SÃO PAULO – O presidente recém-eleito Barack Obama assumirá os Estados Unidos em uma situação crítica, com uma crise econômica e financeira grave para administrar.
Muitos especialistas clamam por soluções de curto prazo, propostas que visem exclusivamente alavancar o consumo, mas, para Lawrence Summers, um dos principais assessores econômicos de Obama, esta não é a saída para escapar do quadro atual.
Summers, que foi secretário do Tesouro na gestão de Bill Clinton, escreveu uma coluna no jornal norte-americano Washington Post com os principais planos para os EUA nos próximos anos e rebateu as idéias quanto uma política somente de curto prazo.
Plano para o longo prazo
Mesmo em face às dificuldades, o assessor reitera o compromisso de Obama quanto às políticas de médio e longo prazo, que incluem investimentos em infra-estrutura, educação, saúde e esforços para reduzir a dependência dos EUA para com as importações de petróleo, vital para os norte-americanos na questão de energia.
Segundo Summers, o pilar do plano de Obama é a geração de empregos, por meio da criação de cerca de três milhões de postos de trabalho ao longo do seu mandato, sendo 80% deste contingente no setor privado.
Sobre o enfoque apenas no curto prazo, Summers respondeu: “essa proposta leva em conta alguns dos desafios que enfrentamos atualmente e devemos rejeitá-la se pretendemos fortalecer a classe média e nossa economia no longo prazo”.
A posse de Obama está marcada para ocorrer no dia 20 de janeiro, no parque National Mall, em Washington.