O que pode custar a presidência à Dilma? UBS cita três “grandes possíveis transtornos”

Banco suíço destaca importância de indicadores de saúde econômica para a manutenção da popularidade de Dilma e elege três fatores de risco: racionamento, protestos e escândalos de corrupção

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Às vésperas da divulgação da pesquisa do Vox Populi, que será revelada ainda nesta quarta-feira (16) e do Ibope, que deve ser revelada na próxima quinta-feira, o banco suíço traçou um panorama em relatório repercutido pelo Barron’s sobre as eleições de 2014 e como elas podem ser influenciadas pelos indicadores econômicos brasileiros. 

Em relatório, o UBS ressaltou o rali que o Ibovespa teve logo após a pesquisa de opinião no último dia 27 de março, que mostrou uma queda de 7 pontos percentuais na aprovação de Dilma pela primeira vez desde os protestos ocorridos em meados do ano passado.

Desde então, o real avançou 3,3% e o Ibovespa subiu 5,5%. O fundo de índice iShares MSCI Brazil teve ganhos de 8,6%. “Com a aceleração nos preços dos ativos, o mercado está incorporando agora um resultado eleitoral muito mais apertado”, aponta o banco. 

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Com base nisso, o banco suíço se perguntou: o que impulsiona os índices de aprovação de Dilma? A resposta mais imediata para tanto é a economia, de acordo com os analistas. “A pesquisa Datafolha – revelada no último 5 de abril – indicou claramente que os fatores econômicos estão por trás da recente queda de popularidade do governo”.

O UBS destaca, por exemplo, a parcela da população que espera que a inflação subirá passou de 59% no início de 2014 para 65% em abril de 2014. Este índice era de 33% do final de 2010. Este nível mais alto desde junho de 2002. 

Assim, as expectativas dos eleitores brasileiros para a economia já estão muito baixos e Dilma ainda tem 36% de aprovação. Conforme aponta o UBS, enquanto a inflação continuar rondando os 6,5% e o emprego registrar crescimento, o índice de aprovação de Dilma permanecerá entre 36% e 37%, o que dará a ela um segundo mandato como presidente. 

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Porém, quais são os potenciais grandes transtornos que poderiam custar a presidência à Dilma? O UBS citou três: racionamento de energia, protestos durante a Copa do Mundo em meados do ano e escândalos de corrupção, que têm ganhado evidência em meio às denúncias que permeiam a Petrobras (PETR3;PETR4). E os últimos ralis apontaram para a fragilidade de Dilma neste quesito, aponta o banco. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.