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SÃO PAULO – A Petrobras (PETR3;PETR4) divulgará os resultados do segundo trimestre nesta quinta-feira, depois do fechamento do pregão.
De acordo com o Citi, os resultados do segundo trimestre devem ser neutros, mas duas questões devem guiar os investidores: o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações), que deve chegar a R$ 18,6 bilhões e os ganhos, que devem chegar a R$ 4 bilhões, com uma provisão de impostos de R$ 1,4 bilhão.
A expectativa da Gradual Investimentos é de um lucro líquido de R$ 4,060 bilhões, queda de 22% na comparação anual por conta do pior resultado financeiro, mas sem considerar a despesa não recorrente de R$ 1,4 bilhão que a companhia reconhecerá no resultado, referente a contingência tributária.
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De acordo com a expectativa média dos analistas consultados pela Bloomberg, o lucro deve atingir cerca de R$ 4,5 bilhões, com uma queda de 15% na comparação com o primeiro trimestre e baixa de cerca de 9% na comparação anual.
E o balanço pode trazer três possíveis surpresas, diz o Citi. Entre elas, 1) menores impostos em relação à exploração e petróleo após a surpresa do primeiro trimestre, associada à manutenção de campos tributados, 2) maior spreads de refino a partir das exportações e 3) taxa de capex inferior ao guidance de US$ 29 bilhões no ano.
De acordo com a Gradual Investimentos, a petroleira deve apresentar retração da receita líquida e do lucro líquido, com um bom resultado operacional, impulsionado por menores custos de exploração.
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“Estimamos uma queda de 6% da receita líquida na base anual, negativamente impactada pela retração da cotação médio do petróleo (com queda de 42% em dólares na base de comparação anual e -20% em reais na mesma base). Por outro lado, a produção de petróleo da companhia cresceu 6,3% na comparação anual, outro fator que deve reduzir o impacto negativo da queda na cotação do petróleo”, afirma. Por outro lado, como destaca o Bradesco BBI, a produção média de petróleo no Brasil caiu 1,8%.
O que deve ajudar e o que deve prejudicar o balanço da Petrobras
Segundo os analistas do Bradesco BBI, três fatores devem ajudar o balanço da Petrobras, que devem ser ofuscados por outros três fatores.
Do lado positivo, o volume de vendas deve subir 3,1% na comparação trimestral, parcialmente compensado pela queda do preço da gasolina. O efeito residual dos estoques realizados a um custo menor (brent a US$ 55,40 o barril no primeiro trimestre, ante US$ 63,40 no segundo trimestre de 2015). Além disso, um aumento no preço do brent (alta de 14,5% na comparação trimestral) e alta do dólar (alta de 7,1% na comparação trimestral), que deve afetar positivamente as receitas de exportação, e todos os produtos nacionais relacionadas com o preço Brent (ou seja, nafta, combustível de aviação).
Dentre os destaques positivos, eles devem ser ofuscados pela performance fraca da produção de petróleo, com queda de 1,8% na comparação trimestral, o prêmio dos preços de combustíveis gerado pelo diesel (prêmio de 16,9%) parcialmente ofuscado pelo desconto dos preços da gasolina, de 5,3% e, o impacto negativo da alta do preço do petróleo, de 14,5%, e da alta do dólar sobre os custos de importação e dos produtos de petróleo.
Confira o que esperar do resultado:
Em R$ milhões | 2T15* | 1T15 | Variação | 2T14 | Variação |
Receita Líquida | 81.715 | 74.353,00 | +20,38% | 82.298,00 | -0,71% |
Ebitda | 19.087 | 21.518,00 | +13,35% | 16.246,00 | +17,49% |
Lucro Líquido | 4.525 | 5.330,00 | -15,10% | 4.959,00 | -8,75% |
Margem Ebitda | 23,35% | 28,9% | +3,65 p.p. | 19,7% | – 5,55 p.p. |
*Média das projeções compiladas pela pesquisa Bloomberg com 7 analistas de mercado. |