O que esperar de Dilma, Aécio e Marina, segundo Gustavo Loyola

Para o economista, Brasil precisa sofrer um "choque de expectativa" para reverter o atual cenário e isso deve vir com a eleição

Paula Barra

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SÃO PAULO – O economista Gustavo Loyola, ex-presidente do Banco Central e sócio-diretor da Tendências Consultoria Integrada, fez severas críticas ao atual governo, disse que o Brasil precisa de um “choque de expectativa” e traçou cenários sobre os principais candidatos à Presidência da República, durante evento realizado pelo Acrefi (Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento) nesta quinta-feira (21). 

Para ele, é necessário o Brasil sofrer um “choque de expectativa” para reverter o atual cenário e isso deve vir com a eleição. O Brasil precisa de reformas urgentes e retomar o tripé econômico – que o atual governo quebrou quando começou a adotar uma “nova matriz”, disse.

Segundo Loyola, se tomarmos o caminho errado, o Brasil corre um sério risco de jogar fora tudo que foi construído desde os anos 90, deixando o País mais vulnerável a crises externas. 

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O que esperar dos candidatos?
Em relação aos três mais prováveis à vitória na eleição, Loyola disse que caso o Aécio Neves (PSDB) vença é esperado um retorno do tripé econômico e início a algumas reformas que seriam essenciais para o País voltar a crescer.

No caso de Campos, o mercado também tinha uma expectativa semelhante, mas com a entrada de Marina Silva (PSB) isso ainda é uma incógnita, embora um dos principais assessores econômicos da candidata, o economista Eduardo Gianetti, tenha dito que entende a economia de uma maneira bem próxima a forma de Armínio Fraga, coordenador do programa econômico de Aécio Neves, disse.

“A grande dificuldade de Marina é sua capacidade de gerar base de apoio no Congresso, o que não era uma preocupação com Campos e não é com Aécio”, comentou. Além disso, ele aponta que o mercado ainda não sabe também como a candidata irá se posicionar em relação à infraestrutura e agronegócio.

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Já sobre Dilma, Loyola comentou que ainda fica a dúvida se ela vai mudar a política econômica atual. “De um ano para cá, vimos algumas pequenas mudanças, mas a questão é se ela vai seguir esse caminho e realmente mudar sua característica intervencionista e arrumar a questão fiscal”, disse. 

Segundo, ele o mercado reflete um pessimismo em relação à continuidade da presidente, o que vem incomodando Dilma. “Mas se ela quer alterar isso, será preciso sinalizar as mudanças que faria no seu segundo mandato, só assim o mercado começará a vê-la de outra forma”, complementou. 

Cenário eleitoral
Para Loyola, Dilma ainda tem a preferência do eleitorado, mas “vive favoritismo declinante e tem 55% de chances de vencer o pleito”. Com certeza de segundo turno, Loyola diz que Marina Silva é mais competitiva para enfrentar Dilma. 

O economista afirma, no entanto, que ainda é muito cedo para antecipar tendências, apontando que as próximas pesquisas ainda devem vir muito contaminadas pela trágica morte do candidato Eduardo Campos, na quarta-feira da semana passada, 13. “Vamos ter que esperar mais uns 20 dias par tirar uma conclusão mais contundente”, disse.

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