“O PSDB tem responsabilidade política pelo que está acontecendo”, diz FHC sobre apoio a Temer

O tucano acredita que a aceitação de Temer corresponderia à capacidade de "aglutinar" durante a gestão

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Um dos atores importantes para a efetivação do eventual afastamento de Dilma Rousseff da presidência da República, o PSDB tem a responsabilidade de participar do governo que entra em caso de impeachment. Essa é a avaliação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que coloca-se ao lado do senador José Serra na defesa da indicação de ministros que representem a sigla. O parlamentar tucano é cotado para assumir Saúde, Educação ou até o Planejamento. Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, FHC ponderou que ainda é cedo para discutir a fundo um governo de Michel Temer.

Quando questionado sobre se o PSDB se sentiria confortável com o programa “Uma Ponte para o Futuro”, o ex-presidente diz que é uma agenda liberal, mas as propostas na área social ainda precisam ser conhecidas. “Tem que ver como eles vão equilibrar isso aí. O PSDB tem responsabilidade política pelo que está acontecendo, porque apoiou o impeachment. Então não pode simplesmente dizer não entro [no governo]. Eu sou propenso a entrar desde que as condições sejam explicitadas”, afirmou em entrevista publicada nesta terça-feira (26). De todo modo, ele salienta que o partido tem que estar sempre preparado para sair do governo caso seja preciso, como por exemplo se houver interferência na Operação Lava Jato.

Na avaliação do tucano, é necessário reavaliar programas públicos sob uma ótica mais voltada à eficiência. “Todos os programas do Brasil padecem da falta de avaliação. O governo, queira ou não, não tem mais de onde tirar dinheiro. Eu nem vou discutir aumento de imposto, porque vai haver”, afirmou. Para ele, o país precisa de um ministro da Fazenda que entenda de política fiscal e Congresso. Serra seria uma das diversas opções, mas o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles poderia, em sua avaliação, ser mais adequado para tratar de política monetária.

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FHC acredita que a aceitação do governo Temer viria de acordo com o que ele fizer ao longo da gestão, de sua capacidade de “aglutinar”. Em uma expectativa da gestão, o ex-presidente classificou com nota 7 (entre 0 e 10) o possível mandato do peemedebista. Durante a conversa, o tucano voltou a dizer que Dilma é honesta, mas que o processo de impeachment em curso é político. “Quando você perde a capacidade de agregar e de dar direção ao país, fica numa posição frágil. Infelizmente, o governo da presidente Dilma se desmilinguiu. Ela cometeu crime de responsabilidade fiscal e contra lei orçamentária, são ações concretas”, disse em entrevista aos jornalistas Fábio Zanini e Natuza Nery, da Folha.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.