“O Brasil é o melhor ativo que o mundo tem para investir”, diz Trabuco

"Estamos em ciclo de afrouxamento monetário sem similar na história do mundo", destacou o presidente do conselho do Bradesco

Estadão Conteúdo

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O presidente do conselho do Bradesco (BBDC4), Luiz Carlos Trabuco Cappi, afirmou nesta terça-feira, 3, que o Brasil está passando por um processo de retomada da economia, que é preciso ser transformada em uma recuperação estrutural. Para isso, é essencial uma reforma do Estado, disse ele durante o Fórum Estadão: A Reconstrução do Brasil – Caminhos para o Crescimento, realizado nesta terça-feira em São Paulo.

“Estamos em ciclo de afrouxamento monetário sem similar na história do mundo”, disse Trabuco. Desde 2016, a taxa básica de juros caiu de 14,25% para 6,5% e a expectativa é de nova queda na reunião de maio do Banco Central.

Trabuco ressaltou que o Brasil é competitivo em produção, mas não na logística de escoamento dela, sobretudo em estradas e portos. “O Brasil é produtivo mas não tem alto nível de competitividade. A safra agrícola, por exemplo, é recorde, mas um quarto fica perdido no caminho”, disse ele. “É dramática a situação da mobilidade urbana”, afirmou, ressaltando a necessidade de investimento em infraestrutura.

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“O Estado está exaurido no Brasil”, afirmou Trabuco, ressaltando que o governo não poupa, daí a necessidade da reforma da Previdência, além de avançar com o programa de privatizações e concessões.

O executivo do Bradesco destacou ainda que se discute a reforma da Previdência apenas do ponto de vista fiscal, quando o assunto envolve questões mais amplas e que precisam ser debatidas, como as mudanças demográficas e a ótica atuarial.

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Trabuco ressaltou que parte importante dos recursos para financiar a infraestrutura no Chile vem de fundos de pensão, enquanto no Brasil a construção civil depende de recursos da poupança. Para as próximas obras de infraestrutura, o executivo ressaltou que será essencial contar com recursos do mercado de capitais. “O Brasil é o melhor ativo que o mundo tem para investir.”

Ainda no evento, Bruno Pereira, advogado e sócio-diretor da Radar PPP, ressaltou que é necessário que cada vez se busque experiências pilotos em seguimentos do serviços público e se prove ao cidadão que ali e mais eficiente e barato. “O dever do gestor público é colocar seu esforço em algumas iniciativas foco.” O poder público, disse o executivo, por mais forte que seja não consegue atender a 100% das necessidades do cidadão.

Trabuco participou do painel “Privatizações e o novo papel do Estado”, com Elena Landau, economista, advogada e membro do Conselho do Livres e Bruno Pereira, advogado e sócio-diretor da Radar PPP.

A Reconstrução do Brasil, tema de mais quatro debates com diferentes conteúdos até o fim de agosto, é uma referência ao conjunto de reportagens publicadas pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre a agenda de reformas necessárias para o País deixar para trás a maior crise econômica de sua história.

O momento político é ainda especialmente delicado em ano de eleições gerais. O jornal publicou os textos entre setembro de 2016 e janeiro de 2017 e as reportagens deram origem ao livro de mesmo nome.

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