NYT: Marina Silva é símbolo de cansaço da população com corrupção e fraca economia

Em matéria do New York Times, o jornal conta a trajetória de Marina, além de falar sobre o descontentamento do brasileiro com o atual governo

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – Faltando menos de 20 dias, as eleições começam a tomar cada vez mais o noticiário internacional. E, considerando a atual disputa entre Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB), o New York Times publicou nesta terça-feira (16) uma matéria em que afirma que as atuais pesquisas mostram que o crescimento das intenções de votos da candidata é símbolo de um sentimento antigoverno, que inclui o cansaço da população com a corrupção na política e a economia fraca.

Além disto, de acordo com a matéria, junto com seu crescimento nas intenções de voto, veio também o crescimento de eleitores evangélicos no país – que tiveram aumento de renda, mas não viram melhorias na qualidade de vida nas cidades brasileiras.

A história do que pode vir a ser a primeira presidente negra do país – de acordo com o NYT – também é contada ao decorrer da matéria, destacando que ela foi analfabeta até os 16 anos de idade, tendo passado ainda por muitos problemas de saúde durante a infância e adolescência, como malária, hepatite e leishmaniose, dos quais ela permanece tendo que lidar hoje em dia. Porém, de acordo com o texto, a candidata do PSB não tem dado ênfase à sua origem pobre durante as eleições.

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Passando pela vida de Marina Silva, Simon Romero, que assina a matéria, também acrescenta que hoje Dilma Rousseff é vista aqui no Brasil como “desenvolvimentista”, um meio de caracterizar políticas  agressivas que focam o crescimento das produções de recursos naturais para “expansão da economia por meio das empresas estatais”.

Já Marina, que foi ministra do Meio Ambiente no governo de Lula, mas ainda vai contra os preceitos da candidata do PT, possui uma agenda de sustentabilidade, apoiando as energias renováveis – como a solar, eólica e de biomassas – “além de priorizar a proteção da floresta Amazônica”. O texto ainda conta que Marina se distanciou do Partido dos Trabalhadores em 2009 e hoje tem procurado demonstrar uma aproximação do setor econômico, em busca de agradar o mercado – que tem demonstrado forte aversão às políticas intervencionistas do atual governo petista.

Mesmo assim, a matéria fala que os desafios de Marina deverão continuar, já que Dilma detém R$ 55 milhões para realizar sua campanha, cerca de 5 vezes mais que a candidata do PSB. De acordo com Romero, as recentes pesquisas demonstraram que o eleitor está mais “hesitante” em votar na candidata.

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A matéria termina falando que, quando Marina “abre as cortinas”, mostra facetas que o povo brasileiro acha atraente. “Em perfil realizado pela revista Piauí, ela reflete sobre o tempo em que foi empregada: ‘O criado sempre se lembra de seu senhor; mas o oposto é muito difícil de acontecer'”. 

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.