Novo horário da Bolsa e 5 eventos que vão definir o rumo do mercado na próxima semana

Tudo que o investidor precisa saber antes de começar a operar na próxima semana

Rodrigo Tolotti

(Shutterstock)

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SÃO PAULO – Passada a eleição, o mercado agora fica atento para os primeiros passos do novo governo de Jair Bolsonaro. Após encerrar a semana com alta de 3,15%, o Ibovespa deve seguir atento aos novos anúncios políticos, mas também ao cenário externo diante do pessimismo em Wall Street.

Com nomes já confirmados para cinco ministérios, a expectativa é de que Bolsonaro anuncie mais alguns dos seus futuros ministros. A ideia do governo é reduzir o número de ministérios dos atuais 29 para algo entre 15 e 17, levando algumas pastas a se fundirem.

O mercado também deve ficar atento às primeiras medidas que podem ser anunciadas por Bolsonaro, principalmente sobre a reforma da Previdência, que ele já disse estar se esforçando para conseguir aprovar ainda este ano no governo Michel Temer, com quem deve se encontrar na próxima quarta-feira (7).

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Resultados e novo horário da Bolsa
O primeiro evento importante para o investidor ficar atento é a mudança de horário da bolsa. Por conta do início do horário de verão no Brasil e do fim dele nos Estados Unidos, o segmento Bovespa passa a funcionar das 10h até 18h (horário de Brasília), sem after-market.

A intenção é manter o fluxo de clientes estrangeiros dada a diferença de horário entre os países. Ainda não foi informado quando o pregão voltará ao horário regular. Para conferir a tabela de horários completa, clique aqui.

Vale destacar a alta de quase 1% do índice Dow Jones Brazil Titans, que reúne os principais ADRs de empresas brasileiras negociados nos Estados Unidos, durante o feriado, ignorando a nova queda dos principais índices de Wall Street. Com isso, se não surgirem grandes notícias no fim de semana, é possível que o Ibovespa abra com ganhos na segunda para se ajustar ao movimento de sexta no exterior.

Além disso, o investidor prestará bastante atenção à temporada de resultados do terceiro trimestre, que chega a sua semana mais agitada. Serão cerca de 80 balanços em apenas 5 dias, com destaque para números da Petrobras (PETR3; PETR4), Magazine Luiza (MGLU3), Banco do Brasil (BBAS3), entre outras gigantes da bolsa.

Agenda de indicadores
Na próxima semana, serão poucos indicadores econômicos mercado doméstico, todos relacionados à inflação. O mais aguardado é o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de setembro, na quarta-feira (7), que segundo a GO Associados deve avançar para 0,51%, contra 0,48% no mês anterior. Com isso, a inflação acumulada de 12 meses deve passar de 4,53% para 4,62%.

Outro dado importante será a ata da reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), que manteve a taxa básica de juros inalterada em 6,5%. Na terça-feira (6), o relatório deve dar mais indicações sobre o futuro da política monetária, podendo dar algum sinal sobre uma possível mudança na Selic nos próximos meses.

No exterior, a semana também será de agenda mais tranquila, com alguns dados de PMI e ISM do setor dos serviços relativos além do relatório JOLTS de abertura de novos empregos.

Porém, o principal indicador da semana sairá na quinta-feira (8), quando ocorre a reunião do Fomc, que deve anunciar a manutenção da taxa de juros do Federal Reserve entre 2% e 2,25%.

Apesar de não haver coletiva, o relatório pode trazer alguma novidade sobre a política, principalmente diante do cenário turbulento em que o presidente Donald Trump tem criticado as altas de juros.

Para conferir a agenda completa de indicadores, clique aqui.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.