Novo aposta em Zema como alternativa da direita caso Bolsonaro siga inelegível

Presidente da sigla disse que governador mineiro é “essencial” para atrair votos no 2º maior colégio eleitoral do país

Marina Verenicz

Romeu Zema, governador de Minas Gerais (Foto: Divulgação)
Romeu Zema, governador de Minas Gerais (Foto: Divulgação)

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O presidente do partido Novo, Eduardo Ribeiro, afirmou que uma das prioridades da sigla em 2025 é viabilizar a pré-candidatura do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, à Presidência da República, caso o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não consiga reverter sua inelegibilidade até 2026.

Em entrevista ao Poder360, Ribeiro destacou a importância de Minas Gerais como “Estado-pêndulo” — uma alusão aos swing states das eleições norte-americanas — e avaliou que Zema, reeleito em primeiro turno em 2022, pode ser um ativo estratégico para consolidar uma frente de direita no país.

“Ter um ativo eleitoral como é Romeu Zema representando Minas Gerais, trazendo esses votos para uma chapa da direita, é absolutamente essencial”, afirmou.

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Frente ampla com Bolsonaro

Apesar do movimento em torno de Zema, Ribeiro afirmou que o partido ainda aposta em uma possível candidatura de Bolsonaro e defende a construção de uma frente ampla em torno do ex-presidente, caso ele consiga viabilizar seu nome juridicamente.

“Eu defendo que, para vencer o PT, será necessário unir forças. Se eventualmente Bolsonaro recuperar seus direitos políticos, o Novo deve compor com ele”, afirmou. Segundo Ribeiro, o partido sempre estará “do lado oposto” ao do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem classificou como líder de um “governo moribundo”.

Bolsonaro foi declarado inelegível em 2023 pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político durante as eleições do ano anterior. A decisão vale por oito anos, o que o impede de disputar cargos eletivos até 2030. Mesmo assim, o ex-presidente continua se posicionando como pré-candidato e tem evitado discussões sobre uma eventual sucessão interna.

Paralelamente, Bolsonaro também enfrenta ações no Supremo Tribunal Federal (STF), onde se tornou réu por tentativa de golpe de Estado — em um inquérito que apura sua conduta após as eleições de 2022.