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SÃO PAULO – Preso na Operação Lava Jato, o empreiteiro Gérson de Mello Almada disse à Justiça Federal do Paraná que levava propina em forma de doações eleitorais para o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, de acordo com reportagem do Estado de S. Paulo. Antes de Vaccari, o dinheiro era encaminhado a “Paulo Pereira”, que investigadores suspeitam que seja, na verdade, outro tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, Paulo Ferreira.
Ferreira era próximo do ex-ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu (PT), condenado por envolvimento no escândalo que ficou conhecido como Mensalão. O tesoureiro havia entrado no cargo depois da saída de Delúbio Soares (PT), que também foi condenado no mesmo esquema e cumpre prisão domiciliar desde 2014.
Em seu depoimento, Almada explicou que sua aproximação com o PT se deu por intermédio de Milton Pascowitch, apontado como operador de propinas na Diretoria de Serviços da Petrobrás, que estava sob comando de Renato Duque. O ex-diretor também foi preso recentemente na décima fase da Lava Jato, batizada de “Que País é esse” em referência à fala do ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque ao ser preso pela primeira vez em novembro do ano passado.
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Apesar das citações, o PT continua negando que tenha recebido propinas. O partido diz que todas as doações que recebe são declaradas à Justiça Eleitoral.
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