No Twitter, Cunha defende obra bilionária e diz “não existir história de shopping”

"É importante esclarecer que não existe essa história de shopping na Câmara. Essa colocação é pura maldade dos adversários. A Câmara tem necessidade de obras no anexo 4 e tem necessidade de abrir áreas para os trabalhos legislativos", afirmou

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em seu perfil no Twitter, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu a construção do prédio anexo na Casa, que vem sendo chamado de “shopping center dos deputados” e está orçado em R$ 1 bilhão.

Cunha afirmou que “não existe essa história de shopping na Câmara” e atribuiu a “adversários” as informações de que ele estaria autorizando a construção de uma obta deste tipo nas dependências da Casa. 

“É importante esclarecer que não existe essa história de shopping na Câmara. Essa colocação é pura maldade dos adversários. A Câmara tem necessidade de obras no anexo 4 e tem necessidade de abrir áreas para os trabalhos legislativos. Faltam plenários de comissões. O objetivo é reformar anexo 4, construir uma nova ala para transferir os gabinetes do anexo 3 e criar áreas comuns. O que se fez foi uma PMI (proposta de manifestação de interesse) para que, em havendo interessados, se possa se fazer projeto incluindo exploração de árae da Câmara”, afirmou Cunha.

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Na quarta-feira (20) o plenário da Câmara aprovou a possibilidade do Congresso fazer PPPs (Parcerias Público-Privadas). O artigo que autoriza a Câmara e o Senado a fazerem PPP foi muito criticado, porque abre a possibilidade da Câmara fazer PPPs para a construção de prédios, inclusive de um shopping center, como vem sendo defendido por integrantes da Mesa Diretora da Câmara. 

Contudo, no Twitter, o líder da Câmara garantiu que o será construído é apenas um estacionamento com 5 mil vagas. “Essa área e completamente fora da Câmara e nada tem a ver com a sede da Câmara. Havendo interessados, a ideia é a concessão dessa área além de estacionamento para 5 mil carros, para o concessionário arcar com custo. Assim a Câmara faria a obra necessária e construiria o que precisa construir sem gastar dinheiro público. Não tem nada de shopping, e depois, essa área concedida ao fim da concessão iria para o patrimônio da Câmara”.

Ele voltou a atribuir as informações de construção de shopping a adversários ressentidos. “A minha promessa de campanha foi de fazer o anexo 5, e isso faremos de qualquer forma, com ou sem a concessão. Os que têm ressentimento da eleição fazem campanha tentando desqualificar a possibilidade de fazer obra sem dinheiro público. Alguns tiveram a oportunidade de fazer e nada fizeram. Eu não deixarei de cumprir a minha promessa, que é atender às necessidades da Câmara”.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.