No DF, Aécio e Marina ganhariam de Lula e reprovação à Dilma chega a 84%, diz pesquisa

É o que aponta pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas; o instituto ouviu 1.280 eleitores, com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Uma pesquisa realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas aponta que, se a eleição para presidente da República tivesse ocorrido no Distrito Federal entre os últimos dias 25 e 28, Aécio Neves e Marina Silva teriam batido com folga uma eventual candidatura de Lula. O instituto ouviu 1.280 eleitores, com margem de erro de três pontos percentuais para mais ou para menos.

O instituto fez uma simulação de eleição presidencial com os nomes do senador Aécio Neves (PSDB), da ex-senadora e ex-ministra Marina Silva (PSB), do ex-presidente Lula (PT) e do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). 

Ao todo, 40,3% dos eleitores disseram que votariam em Aécio em nova eleição para presidente. Marina Silva aparece em segundo lugar, com 24,7% da preferência do eleitorado. Lula está apenas na terceira colocação, com 17,6%, enquanto Cunha teria hoje apenas 3,4% de preferência dos eleitores.

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Aécio e Marina ganham de Lula entre homens e mulheres e nas faixas de idade de 16 anos a 24, 25 a 34, 35 a 44, e 45 a 59 anos. Apenas na faixa de 60 anos ou mais é que Lula derrota Marina, embora perca para Aécio. O tucano e a ex-senadora ganham de Lula entre os que têm ensino médio e ensino superior. Entre os que têm ensino fundamental, Lula derrota Marina, mas perde para Aécio.

O levantamento também apontou  84% dos moradores do Distrito Federal (DF) reprovam o governo da presidente e apenas 12,2% dos brasilienses aprovam o segundo mandato, enquanto 3,8% disseram não saber opinar ou não responderam aos questionamentos. E o maior índice de reprovação está entre as mulheres, com 85,1% das eleitoras rejeitando a administração da presidenta. O índice de reprovação entre os homens é de 82,8%.

O diretor do instituto, Murilo Hidalgo, destacou que a queda de popularidade da presidente Dilma é fruto de uma combinação da crise econômica, anúncio de medidas impopulares e o escândalo de corrupção deflagrado na Operação Lava Jato. 

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“Na época do ex-presidente Lula, ele passou incólume por vários escândalos, como o mensalão, porque a economia era pujante. (…) A crise econômica sem dúvida é o fator que mais pesa na queda de popularidade da Dilma. Mas, do outro lado, se a economia melhorar, ela deve recuperar parte deste prestígio”, afirmou. 

Vale destacar ainda uma pesquisa interna revelada pela revista Época na segunda, com números de São Paulo. No estado, quando perguntados sobre a administração da presidente Dilma Rousseff, apenas 7% dos entrevistados consideraram “boa ou ótima”, contra 10% em março.  

E no domingo, de acordo com informações do blog de Gerson Camarotti, do portal G1, o Palácio do Planalto teve acesso a uma pesquisa que avaliou a popularidade do governo. E, pela primeira vez, a aprovação do governo Dilma está abaixo dos 10%, o que foi avaliado como preocupante. 

Polêmica envolvendo o instituto Paraná
Contudo, vale lembrar que o PT questionou o Instituto Paraná em outubro do ano passado para que apresentasse informações da pesquisa de segundo turno das eleições presidenciais. 

 O questionamento do PT foi feito alegando “necessidade de investigação de supostas irregulares”, como superdimensionamento do percentual de eleitores com nível superior, ausência de percentual considerado para cada nível de escolaridade, falta de critérios para ponderação quanto ao nível econômico do eleitor e ausência da designação dos Estados e Municípios em que a coleta foi realizada.

Apresentado pela revista Época, o levantamento feito pelo Instituto Paraná foi o primeiro feito com intenções para o segundo turno na eleição de 2014 e colocou o candidato tucano 8 pontos na frente da petista. Aécio apareceu com 54% das intenções contra 46% de Dilma. Dilma venceu as eleições de 2014 com 51% dos votos, ante 49% do tucano no dia 26 de outubro. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.