Nikolas Ferreira reage à prisão de Bolsonaro e acusa Moraes de perseguição

Na véspera, Nikolas havia declarado que o ex-presidente poderia ser preso no dia seguinte e que sua vida estaria em perigo

Felipe Moreira

Deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) fala ao programa InfoMoney Entrevista no gabinete dele, na Câmara, em Brasília. Em 12 de agosto de 2025 (Foto: InfoMoney)
Deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) fala ao programa InfoMoney Entrevista no gabinete dele, na Câmara, em Brasília. Em 12 de agosto de 2025 (Foto: InfoMoney)

Publicidade

O deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) divulgou um vídeo no Instagram no qual critica a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro neste sábado (22). Na véspera, Nikolas havia declarado publicamente que Bolsonaro poderia ser preso no dia seguinte e que sua vida estaria em perigo.

No vídeo, o parlamentar acusa o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, de transformar o sistema de Justiça em “instrumento de perseguição ideológica”.

Nikolas também contestou o argumento de que a vigília convocada por um dos filhos de Bolsonaro configuraria tentativa de fuga. Para o parlamentar, a tese apresentada pelo STF é “fantasiosa”. Ele disse que, se houvesse intenção de fugir, o ex-presidente não removeria a tornozeleira eletrônica “17 horas antes” da vigília, marcada para as 19h do dia 22. O deputado também lembrou que a prisão já havia sido determinada no dia anterior, o que, segundo ele, torna irrelevantes ações posteriores.

Continua depois da publicidade

Leia também: Bolsonaro realiza exames na Superintendência da PF em Brasília

O parlamentar acusou Moraes de tentar construir, ao longo dos últimos anos, uma narrativa que vincula a direita a uma organização criminosa, citando como exemplo uma operação contra um padre suspeito de redigir uma oração considerada golpista. Nikolas afirmou ainda que a Constituição garante a liberdade de reunião e que a vigília “não conflitava com nenhum evento previamente marcado”.

Em outra crítica, o deputado questionou a interpretação de que atos convocados por Bolsonaro teriam caráter criminoso, e disse não haver registro de vandalismo em manifestações da direita, “exceto os eventos de 8 de janeiro”, que comparou a episódios violentos que atribui a manifestações de esquerda.