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Apesar das projeções menos otimistas de grande parte do mercado, a economia brasileira deve se expandir pelo menos 2% em 2024. A estimativa é do ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que reiterou seu otimismo em relação ao resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para este ano.
Na manhã desta terça-feira (6), ao participar de evento em São Paulo, Haddad reconheceu que a economia brasileira vem desacelerando nos últimos meses, mas disse que a perda de fôlego do PIB já era esperada após um crescimento robusto no primeiro trimestre de 2023.
“Sempre fui otimista, desde o começo do ano passado. Eu não acreditava muito no que estava colocado em perspectiva. Achava que a economia cresceria mais de 2% e a inflação ficaria abaixo de 5%. A economia cresceu até mais do que nós prevíamos”, afirmou o ministro, ao comentar os resultados do ano passado.
“Penso que temos um horizonte para 2024 que pode surpreender positivamente, inclusive combinado com a queda da taxa de juros. Ela (Selic) vindo para um patamar mais razoável e condizente com o comportamento dos preços, penso que nós poderemos ter um 2024 que supere as expectativas iniciais”, prosseguiu Haddad. “Não vejo razão para crescermos menos de 2%. Já tem gente séria do mercado falando em 2,5%, em 2,6%.
Desaceleração
No evento em São Paulo, Fernando Haddad afirmou ainda que não se surpreendeu com a desaceleração da economia na segunda metade de 2023. “O fato é que a economia desaqueceu muito no segundo semestre do ano passado, e isso foi alertado pelo Ministério da Fazenda. Eu não me surpreendi com a desaceleração, mas sempre mantive a ideia de que o PIB cresceria em 2023 porque veio com um carregamento forte, principalmente da agricultura”, disse.
Segundo o ministro, os indicadores iniciais de atividade econômica referentes ao fim do ano mostram um desempenho mais promissor. “Eu quase arriscaria dizer que o quarto trimestre do ano passado virá um pouco melhor do que as expectativas. Penso que o nosso piso foi o terceiro trimestre, que foi o mais difícil da nossa gestão até aqui, com uma desaceleração muito drástica.”