“Não vejo a possibilidade de aumento de combustíveis antes das eleições”, diz Temer

Vice-presidente do Brasil destacou em entrevista à Bloomberg que não há espaço para aumento de preços, mas diz que não tem informações sobre o assunto; Temer foi a Nova York para melhorar percepção dos estrangeiros com relação ao Brasil

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em visita a Nova York para melhorar a imagem do Brasil entre os investidores estrangeiros, o vice-presidente da república, Michel Temer, também fez comentários sobre um possível aumento de combustíveis em entrevista à Bloomberg.

De acordo com Temer, não há espaço para o aumento dos preços dos combustíveis antes das eleições presidenciais de outubro, ao ser perguntado se a Petrobras (PETR3;PETR4) elevaria os preços antes do pleito. “Eu não tenho informações sobre isso, mas eu não vejo a possibilidade”, ressaltou.

Vale ressaltar que a unidade de refino e distribuição da empresa já registrou uma perda de US$ 38 bilhões desde 2011, ao subsidiar o combustível importado. O último reajuste ocorreu no final de novembro de 2013, com aumento dos preços de gasolina em 4% e do diesel em 8%. 

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O vice-presidente comentou ainda sobre as eleições. No último sábado, pesquisa Datafolha revelou que a intenção de votos da presidente Dilma Rousseff caiu 6 pontos percentuais, para 38%. Segundo Temer, “é inevitável a relação entre a inflação e a popularidade da presidente”. “Se a inflação decola, não há dúvida de que haverá repercussões negativas para o governo e até mesmo para a inflação”.

O relatório Focus, que destaca as previsões dos economistas para diversos aspectos da economia brasileira, vem aumentando sistematicamente as previsões de inflação, puxado também pelo aumento dos preços dos alimentos em meio a pior seca em mais de meio século.

Não há motivos para desconfiança
De acordo com informações da Folha de S. Paulo, Michel Temer disse a empresários que não há motivos “palpáveis” para a perda relativa de confiança no Brasil e, elencando diversos temas como inflação, responsabilidade fiscal, gastos públicos e infraestrutura, o vice-presidente afirmou que é possível manter um “otimismo sereno e progressivo em relação ao Brasil”. 

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Ele assegurou que a inflação está sob controle e resslatou que, apesar de 2014 ser um ano eleitoral, o governo não abrirá mão de uma política fiscal mais austera. Com relação ao rebaixamento de rating pela Standard & Poor’s, no final de março, Temer destacou que o Brasil segue com grau de investimento. “Quero tranquilizar aqueles que queiram aplicar no nosso País”, afirmou o vice-presidente, acrescentando que outra agência, a Moody’s, assegurou que não irá reduzir a nota do Brasil até 2015

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.