Não temos condição de apoiar o PSDB para presidente, diz Rodrigo Maia

Ao portal Poder360, presidente da Câmara diz que a ideia inicial é organizar o partido e perseguir a meta de eleger cerca de cinco governadores

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – Após movimento de aproximação com Geraldo Alckmin em um almoço realizado na última segunda-feira, o presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) desmentiu o governador ao dizer que seria ruim ao seu partido apoiar novamente um candidato tucano nas próximas eleições presidenciais. “Tenho excelente relação com o governador Geraldo Alckmin. Mas o DEM não tem condições de apoiar o PSDB para presidente”, afirmou o deputado em entrevista ao portal Poder360.

“Primeiro, temos de organizar o DEM. Queremos ter pelo menos 10 ou 12 candidatos a governador para eleger uns 5. Qualquer discussão com qualquer partido passa primeiro pelo projeto do DEM em todo o país. A relação com o PSDB nas duas últimas eleições foi de quase imposição na eleição presidencial, deles em relação à gente. Foi 1 constrangimento em 2010. Em 2014, uma chapa puro-sangue [só de tucanos]“, continuou Maia.

O parlamentar defende que é preciso inicialmente organizar o partido, definindo estratégias para cumprir uma meta de eleger cinco governadores. Ele diz que, quando chegar o momento, o DEM irá avaliar se tem ou não condições de lançar candidato próprio à presidência. Caso opte por apoiar alguém, o deputado ponderou sobre os ganhos que o partido terá com tal postura. “Será que o PSDB está disposto a apoiar o melhor candidato em São Paulo, que é o deputado federal Rodrigo Garcia [atual secretário de Habitação do governo Alckmin], do DEM?”, questionou.

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Um dia após receber o presidente da Câmara em um jantar no Palácio dos Bandeirantes, o governador Geraldo Alckmin indicou que o partido aliado deverá apoiar mais uma vez o PSDB na eleição presidencial de 2018. “Temos uma parceria que não é de hoje, uma parceria antiga entre PSDB e Democratas”, disse. “No tempo de Fernando Henrique, tivemos sempre um trabalho conjunto. Depois, mantivemos a coerência e exercemos um papel importante de oposição [durante os governos petistas]. No pós-impeachment [de Dilma Rousseff], os dois partidos procuram ajudar o Brasil nessa crise que estamos passando”, complementou.

O encontro entre Maia, acompanhado pela cúpula de seu partido, e Alckmin havia sido entendido como um sinal de aproximação entre o DEM e uma possível candidatura do governador às eleições presidenciais de 2018.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.