Não se pode aceitar condução de Lula, diz Dilma

"Lula jamais se recusou a depor", afirmou a presidente, no mesmo tom adotado por Lula em seu discurso à militância realizado poucas horas após seu depoimento à PF

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – A presidente Dilma Rousseff defendeu, nesta segunda-feira (7), seu antecessor após Lula ser alvo da 24ª fase da Operação Lava Jato, pela qual foi conduzido coercitivamente pela Polícia Federal para depor em Congonhas. Em cerimônia de entrega de residências pelo Minha Casa Minha Vida, em Caxias do Sul (RS), Dilma disse que “não se pode aceitar a condução” realizada na última sexta-feira. A posição de presidente vai ao encontro da manifestação de repúdio do ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, à decisão do juiz Sergio Moro.

“Lula jamais se recusou a depor”, afirmou a presidente, no mesmo tom adotado por Lula em seu discurso à militância realizado poucas horas após seu depoimento à PF. Dilma voltou a criticar “vazamentos sistemáticos” de conteúdo investigativo das operações, o que diz “nem sempre ser verdadeiro”.

Durante seu pronunciamento a presidente reconheceu que o Brasil passa por dificuldades, mas criticou o que chamou de “crise provocada por inconformados que perderam as eleições”. Para ela, a oposição “tem direito de divergir, mas não pode dividir o país”. Na avaliação de Dilma, existe uma busca de quem perdeu as últimas eleições em antecipar a disputa por sua sucessão, em 2018. Essa crise, diz a presidente, também provoca problemas para a economia do país.

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Apesar das críticas à oposição, Dilma procurou incorporar a sensação de unidade ao seu discurso, ao falar que se governa para todos, e pedir respeito às divergências, opiniões e aos órgãos de imprensa. Ela reconheceu o momento de dificuldades na economia, mas ressaltou os ajustes feitos e garantiu a continuidade do Minha Casa Minha Vida em sua gestão.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.