“Não haverá pauta-bomba”, afirma Renan sobre trabalho do Senado no semestre

Dizendo-se preocupado em "desarmar a bomba" que ameaça a economia, presidente do Senado afirma que não dificultará a eventual recondução de Janot ao cargo de procurador-geral

Equipe InfoMoney

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O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que não vai colaborar com nenhuma pauta-bomba e que pretende trabalhar justamente para desarmá-la. Num dia marcado por reuniões de bastidores, o senador falou com a imprensa, nesta terça-feira (4), antes de sair para um almoço com o ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Não haverá no Congresso Nacional ‘pauta-bomba’. Pelo contrário, nós estamos preocupados em desarmar a bomba que está posta aí na economia. Vou me pautar, sempre, como presidente do Congresso, um Poder independente e autônomo, que quer colaborar, com o olhar da sociedade — afirmou.

Renan Calheiros informou que no almoço com Joaquim Levy a conversaria sobre a conjuntura econômica, visto que o Parlamento está preocupado com a agravamento da crise pela qual passa a economia brasileira. Segundo o senador, o projeto que revê desonerações das folhas de pagamento de empresas de 56 setores é um dos itens do ajuste fiscal que precisam ser analisados. As mudanças constam do PLC 57/2015.

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— Não votamos ainda porque nesse cenário de crise, recessão e desemprego, a proposta agravará o quadro. Será danosa ao país. Então vamos conversar sobre o que fazer — explicou.

O senador disse ainda que os vetos serão analisados conforme as regras atuais, na sessão do Congresso a ser marcada para a terceira semana de agosto. Entre eles, está o veto total ao reajuste ao servidores do Judiciário.

— Nós vamos conduzir os trabalhos com o olhar da sociedade, sem levar em consideração essas preocupações imediatas e corporativas, porque isso não faz bem ao equilíbrio fiscal — continuou.

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Janot

Sobre a sucessão do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, o presidente do Senado disse que, assim que chegar a indicação da presidente Dilma Rousseff, despachará a mensagem presidencial imediatamente para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), permitindo assim levar submeter rapidamente a questão à decisão do Plenário.

— Não amesquinharei o cargo de presidente do Congresso. A indicação é da presidente e não me envolverá pessoalmente. Tão logo ela indique o nome, seja quem for, eu despacharei para a Comissão de Constituição e Justiça e vou combinar com líderes para apreciarmos no Plenário no mesmo dia que sair da CCJ — informou.

A respeito da prisão do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu pela Polícia Federal, em função da Operação Lava Jato, o presidente do Senado disse não querer prejulgar.

— Todo homem público tem que prestar explicações à Justiça. Não quero prejulgar nada, absolutamente nada, mas todos têm que prestar informações — resumiu.

PSDB

Para esta semana, o presidente do Senado prometeu votações de projetos relativos à reforma política, pacto federativo e atualização do Código de Defesa do Consumidor.

No início da noite, Renan Calheiros tem reunião marcada com lideranças do PSDB. O parlamentar informou que foi convidado, mas não adiantou o assunto a ser tratado:

— Fui convidado para um encontro com o PSDB e irei com muita satisfação. Conversar é o exercício mais recomendável da democracia. Hoje, mais do que nunca, é preciso conversar — disse.

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