“Não estou botando medo, estou alertando as pessoas”, diz Dilma sobre Marina Silva

Além disso, ela afirmou que a indicação do ex-diretor de abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, não foi política

Lara Rizério

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SÃO PAULO – Em entrevista ao jornal Bom Dia Brasil nesta segunda-feira (22), da Rede Globo, a presidente e candidata à reeleição Dilma Rousseff se defendeu em meio às notícias de corrupção no seu governo, principalmente no caso da Petrobras. A presidente afirmou que “nós não varremos para debaixo do tapete nenhuma das investigações” e que “temos que combater a corrupção de forma determinada”.

Além disso, ela afirmou que a indicação do ex-diretor de abastecimento da companhia, Paulo Roberto Costa, não foi política. “Paulo Roberto Costa não foi escolhido fora dos quadros da Petrobras, ele está há 30 anos na companhia e fez uma carreira. Para mim, foi uma surpresa [saber que ele era corrupto]”, afirmou.

Dilma também respondeu perguntas sobre os ataques dirigidos à candidata Marina Silva ao dizer que a autonomia do Banco Central e a diminuição do papel dos bancos públicos levaria a um quadro de maior fome para a população pobre.

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Ela respondeu: “tudo o que eu falo está no programa da candidata. Um BC independente é um quarto poder. Além disso, reduzir o papel dos bancos públicos leva a pergunta: como vai fazer? Hoje tem 30 anos para pagar e 5% de juros. Se depender dos juros do mercado, ninguém vai fazer infraestrutura no Brasil. Isso não é medo, isso é real, não sai VLT, ferrovia, aeroporto”, afirmou”. “Não estou botando medo, estou alertando”, afirmou. 

A presidente disse ainda que Marina Silva tem “um alinhamento claro” de posição favorável aos bancos, que ela, Dilma, não tem.

Perguntada sobre o crescimento abaixo da média do crescimento mundial no seu governo, a presidente discordou da avaliação, além de rebater números sobre o crescimento econômico de alguns países – como a Alemanha – e destacou que “a  situação no mundo é bastante problemática e nossos vizinhos também estão numa situação difícil, principalmente a Argentina”.

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“O Brasil está na defensiva, protegendo emprego, salário e investimento. Porque apostamos na retomada, mudamos [a atuação] de defensiva para ofensiva. […] Vamos ver como evolui a crise. Os EUA podem entrar em uma nova fase e a dinâmica natural da economia e passar por uma retomada. Nós temos a dívida controlada  e sem flanco externo”

A presidente ainda falou sobre a Petrobras. “A Petrobras vai produzir déficit externo por um tempo muito curto. Hoje, ela já produz 530 mil barris, um recorde. Petrobras já se recuperou, já bateu todos os recordes de produção, própria Agência Internacional de Energia reconheceu esse aumento de produção. Esse será um imenso fator de crescimento para o Brasil, será fundamental para o País”, afirmou. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.