Não está na agenda do BNDES mudar a Taxa de Longo Prazo, diz Barbosa

Diretor do BNDES também alega que TLP não é adequada para micro, pequenas e médias empresas, que têm risco alto

Estadão Conteúdo

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Não faz parte da agenda do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) alterar a Taxa de Longo Prazo (TLP), disse nesta terça-feira (26), o diretor de Planejamento e Estruturação de Projetos do banco de fomento, Nelson Barbosa, que participa do 18º Fórum de Economia coordenado pelo Centro de Estudos de Novo Desenvolvimentismo.

De acordo com Barbosa, o que está sendo proposto é uma diversificação. Ou seja, para algumas coisas a TLP fica. “Para infraestrutura a TLP funciona porque é uma taxa de 5 anos e o investidor financia um projeto de 20 anos. Então fica barato para uma grande empresa financiar um projeto de 20 anos a uma taxa de 5 anos. Projetos de saneamento, por exemplo, e de energia estão indo com TLP”, disse Barbosa.

Já para micro, pequenas e médias, inovação e projetos de tecnologias novas, que têm risco muito grande, a TLP não é adequada, segundo o diretor do BNDES.

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“O que a gente propôs no início do ano foi diversificar para que o BNDES possa remunerar o FAT Fundo de Amparo ao Trabalhador não só com a TLP, mas com a Selic porque, por exemplo, quando eu faço capital de giro, o custo de oportunidade é Selic, e não TLP. E aí eu vou emprestar à pequena à Selic e estou pagando TLP ao Tesouro e tenho de fazer o swap. E swap tem custo e encarece para a pequena e média empresa”, disse Barbosa.

Ou seja, emendou o diretor do BNDES, em vez de ser uma única taxa que o BNDES vai pagar, vai ser uma das taxas.

Onde vai ter subsídio, segundo Barbosa, será na linha TR no Fundo Clima. E como o valor delimitado, vai ser com transparência e prestação de contas.

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Investimentos em empresas

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) espera decidir até o início do ano que vem qual será a estratégia de investimentos em empresas. Dois caminhos estão sendo avaliados: investimento direto em participações ou via fundos.

Nelson Barbosa disse que os fundos facilitam a saída do investimento, com a venda das cotas no mercado, e permitem maior capilaridade, já que os recursos alcançam mais empresas. No caso, o BNDES se tornaria acionista das empresas por meio de fundos de investimento em participações, os chamados FIPs, que recebem aportes do banco público.

O diretor do BNDES lembrou que a gestão anterior aprovou aportes de R$ 2,5 bilhões em fundos. Atualmente, pontuou o ex-ministro, o BNDES tem cinco fundos em operação – entre eles, fundos dedicados a meio ambiente, transição energética e inovação – e avalia se deve abrir outros, ampliando o foco em novas frentes, como a digitalização.

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Já se o BNDES decidir selecionar empresas para investir diretamente em participações, o foco, adiantou Barbosa, serão companhias médias, que faturam mais de R$ 300 milhões por ano. O ideal, disse, é que o banco abra uma chamada por setor. “Não tem decisão ainda, mas está sendo discutido”, comentou o diretor de planejamento do BNDES. “Provavelmente vai ser definido no inicio do ano que vem … Nossa questão é se vamos entrar via fundo ou direto”, acrescentou.

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