Na corda bamba, Eike Batista busca apoio da Petro; mas negócio seria viável?

Para financiar projetos, empresário estaria se aproximando da estatal na tentativa de firmar acordo para instalação da base logística da companhia no Porto do Açu, da LLX, apurou o Valor

Paula Barra

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SÃO PAULO – Os projetos do Grupo EBX vêm caminhando na corda bamba, e mais do que consultoria do banqueiro André Esteves, com quem firmou parceria há algumas semanas, o empresário Eike Batista precisa de financiamento para dar continuidade às suas obras. Uma das alternativas visadas por Eike seria buscar apoio com a Petrobras (PETR3; PETR4) para instalação de sua base logística no Porto do Açu, da LLX (LLXL3).

Há cerca de dois meses, a presidente Dilma Rousseff vem sondando o empresário sobre o que poderia fazer para ajudar a dar continuidade aos seus projetos. O último encontro ocorreu na semana passada, quando aumentaram as apostas sobre utilizar o apoio da estatal, segundo informações do Valor Econômico. De acordo com o jornal, esse encontro com a presidente em Brasília seria um desdobramento, já com o BTG Pactual no negócio.

Ter a Petrobras no Porto do Açu garantiria a instalação de berços para a atracação de petroleiros gigantescos, navios de apoio, dutos de escoamento e estações de tratamento de óleo e gás e terminais para armazenamento de petróleo cru.

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A presidente da estatal, Maria Graça Foster, contudo, negou recentemente que esteja negociando qualquer coisa com o empresário. Mas, segundo uma fonte disse ao Valor, Dilma teria dita a alguns interlocutores que desejaria apoiar Eike Batista na alavancagem de seus projetos, o que pode explicar a elevada participação do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) nos seus projetos. De 2005 até agora, o empresário obteve R$ 10 bilhões do BNDES, com os maiores empréstimos ocorrendo a partir de 2009.

Pedras no caminho
O apoio com a Petrobras, entretanto, ainda encontra alguns percalços, apurou o Valor. O grande problema é que a estatal pode não precisar do Porto do Açu, que também não parece ser a melhor opção de logística para ela – uma vez que o porto da LLX está longe da principal área produtora do pré-sal – o polo de Tupi, na Bacia de Santos. 

Adicionalmente, as usinas térmicas no local ainda não saíram do papel, e há falta de água e energia elétrica no local. A MPX Açu II seria construída para gerar 3.300  megawatts usando como combustível gás produzido na Bacia de Campos, mas até agora o único gás descoberto pela OGX foi no Maranhão. Além disso, os projetos para construção de térmicas e carvão da MPX Açu I em São João da Barra enfrentam problemas com as licenças ambientais e não conseguiram ir adiante até agora. 

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