Na Câmara, Levy diz que Lula tomou série de medidas estruturantes e passa por saia justa

Em sessão na Câmara, Joaquim Levy ressaltou a necessidade de "virar a página" e ainda foi chamado a atenção por deputado por "conversar paralelamente"

Estadão Conteúdo

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Em mais uma referência à política adotada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ressaltando a necessidade de reformas estruturantes, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse em sessão da Comissão Geral da Câmara dos Deputados que Lula também fez reformas estruturantes. “O presidente Lula também tomou uma série de medidas estruturantes, como a reforma da construção civil, que permitiu uma retomada e mostrou que aquilo era o necessário para deslanchar um setor”, disse.

Ao responder questionamento do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ) sobre a necessidade de reformas estruturais, o ministro concordou com o parlamentar. “Rodrigo Maia tem razão ao dizer que não é adequado deixar as questões estruturais para o final, algumas das questões estruturais têm que ser tratadas agora”, respondeu.

Durante seu tempo de resposta, Levy ressaltou a necessidade de “virar a página”. “Temos que estar juntos para avançar e virar essa página da questão fiscal, mas ela tem que ser virada, resolvida, e vamos juntos para a retomada do crescimento, relaxamento do crédito e volta da inflação ao caminho de declínio”, afirmou.

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Uma de suas bandeiras, a reforma do ICMS não foi esquecida na fala do ministro. “Desde algum tempo, estamos trabalhando na outra Casa (Senado) com a questão para financiar o ICMS, o que vai permitir empresas se instalarem com segurança em Estado que for mais competitivo.” A presidente mandou uma medida provisória que canaliza dinheiro de repatriação para Estados que precisam de mais investimento”, disse. Para Levy, a reforma do ICMS tem que ser financiada com a repatriação e é fundamental para fortalecer a política de desenvolvimento regional.

Saia justa
Em uma saia justa, o deputado Rodrigo Maia pediu para que Levy, que se encontrava no Plenário da Casa, prestasse atenção à sua fala e parasse de conversar paralelamente.

O ministro conversava com a deputada Clarissa Garotinho (PR-RJ), enquanto o deputado falava. O deputado se irritou com a falta de atenção de Levy e pediu que o ministro prestasse atenção em sua fala. “Educação ministro, eu fui à Vossa Excelência quando esse ajuste fiscal foi votado e garanti quase a vitória. Iam cair o senhor e o vice-presidente Michel Temer junto, e nós garantimos 16 dos 25 votos. Eu acho que o senhor tem que me ouvir”, frisou em tom elevado, se referindo ao ajuste fiscal aprovado na Casa.

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Em situação embaraçosa, o ministro pediu desculpa e afirmou não conhecer os pormenores das regras da Casa. “As regras da Casa eu não domino bem, desculpa ter me atrapalhado com as regras”, disse.

Em seguida, o deputado voltou a criticar a postura de Levy. “O deputado, às vezes, não ouve o outro, mas o ministro não é deputado e tem que seguir a regra da boa convivência entre duas pessoas que estão tentando o debate”, afirmou.

Maia também atacou a presidente Dilma Rousseff. Segundo ele, “se a presidente Dilma não cair agora, cairá em março, e eu gostaria que Vossa Excelência olhasse nos meus olhos, porque sou um dos poucos da oposição que acreditam em vossa excelência”, finalizou.

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