Mundo tem agora uma visão construtiva sobre o Brasil, diz economista do Bradesco

País deixou a vulnerabilidade externa para trás e se apresenta como uma interessante alternativa para os estrangeiros

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Com a percepção de que o Brasil está passando por uma fase de transição de uma economia fechada para uma economia aberta, Octávio de Barros, diretor de pesquisas macroeconômicas do Bradesco, acredita que o país finalmente deixou a vulnerabilidade externa para trás e se apresenta como uma interessante alternativa de investimento para os estrangeiros.

“O mundo tem agora uma visão construtiva sobre o Brasil, melhor até mesmo do que a dos próprios brasileiros”. Na visão do economista, as empresas mais focadas no mercado doméstico têm tudo para serem beneficiadas pela evolução da renda e crédito e recuo dos juros e inflação e devem atrair uma maior atenção dessa classe de aplicadores.

“As companhias ligadas aos setores de construção civil, consumo e serviços deverão ser beneficiadas pela atual conjuntura”. Além disso, Barros acredita que o país deve ingressar em um novo clico de investimentos “no tradable”. “Infra-estrutura é o grande filão”, enfatiza.

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Estrangeiros estão correndo atrás de oportunidades

Ressaltando que o ambiente de câmbio depreciado e inflação crescente, que proporcionava um clima mais interessante para a recomposição de margens, ficou para trás e não pode mais ser utilizado como elemento de competitividade, o economista comenta que os problemas nacionais tornam-se mais evidentes, o que sugere maiores esforços para aprovação de reformas.

Através de percepções obtidas após uma série de conversas e reuniões com grandes grupos de investidores internacionais, Octávio de Barros alerta que os estrangeiros estão correndo atrás de oportunidades sejam elas pequenas, médias ou grandes.

Mudanças importantes a serem avaliadas

Neste contexto, além de elevar seus esforços no ajuste fiscal e corte de gastos, Barros defende um maior esforço do governo na aprovação de reformas e marcos regulatórios, medidas que iriam reduzir a desconfiança e atrair um maior volume de capital externo.

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Outro sinal de extrema importância a ser dado pelo próximo governo seria um programa intertemporal de contenção de gastos, onde, através de metas de logo prazo, os gastos e despesas do país deveriam crescer em uma proporção inferior ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).

Questionado sobre suas perspectivas em relação à provação destas medidas, o economista do maior banco privado do país não se mostra pessimista, mas também não espera avanços espetaculares. Devido à complexidade das reforças e a falta de interesse político, o comentário é de que mudanças devem ocorrer, mas não deverão ser muito expressivas, seja qual for o próximo presidente.

Seminário Apimec

As declarações de Octávio Barros foram realizadas na última segunda-feira, dia 16 de outubro, durante o Seminário “Perspectivas Políticas e Econômicas para 2007”. O evento que marcou as comemorações da Semana do Profissional de Investimentos e os 35 anos da Apimec SP.

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