Mulher de Pimentel pode estar envolvida em suposto sistema de lavagem de dinheiro

A PF identificou que empresa pertencente a Carolina Oliveira teria recebido parte dos pagamentos quando Pimentel ainda era ministro do Desenvolvimento

Marília Kazmierczak

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SÃO PAULO – A mulher do governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, dona da Oil Comunicação, foi acusada de receber pagamento de empresas multimilionárias que firmaram contrato com o BNDES. As informações são do Valor Econômico e Folha de S.Paulo.

Realizando a Operação Acrônimo, que apura um suposto sistema de lavagem de dinheiro envolvendo o empresário Benedito Rodrigues, a Polícia Federal identificou que a Oil Comunicação, pertencente a Carolina Oliveira, teria recebido parte dos pagamentos entre 2012 e 2014, quando Pimentel ainda era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, órgão vinculado ao BNDES.

Como grupos suspeitos de envolvimento no pagamento, a PF apontou a Marfrig (MRFG3) e Casino (grupo controlador do Pão de Açúcar – PCAR4). Os grupos teriam repassado R$ 595 mil e R$ 362,8, respectivamente, para a empresa de Carolina.

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A defesa da mulher de Pimentel afirmou que todas as transferências foram feitas para a MR Consultoria e as duas empresas assinaram contratos de prestação de serviços, segundo a PF.

A ligação
A PF teria alegado que Rodrigues, ou Bené – amigo pessoal de Pimentel, teria bancado uma viagem a um hotel de luxo na Bahia para o casal em 2013. O empresário teria pagado quase R$ 13 mil na viagem. 

“É provável que Benedito tenha pago a hospedagem e a viagem em avião particular para o então ministro Fernando Pimentel”, sustenta a PF no documento enviado ao Judiciário.

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A família de Bené é dona de uma grande gráfica em Brasília, a Gráfica Brasil, contratada pela campanha do partido de Pimentel em Minas Gerais em 2014. No final do ano passado, ele foi flagrado em um avião privado em Brasília, vindo de Belo Horizonte, e carregado com mais R$ 100 mil em dinheiro, fato ue aumentou as suspeitas de irregularidade nos recursos usados na campanha do estado de Minas Gerais.

O outro lado
“A operação de busca e apreensão pretendida contra o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e a realizada na manhã desta quinta-feira, 25 de junho, no seu antigo escritório particular, em Belo Horizonte, é a extensão da arbitrariedade cometida anteriormente, quando os policiais estiveram no apartamento de sua esposa, em Brasília”, afirmou o governo de Minas, na nota. 

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