Movimentos cancelam ato pró-Bolsonaro em 15 de março diante do novo coronavírus

Até o início da semana, a possibilidade de cancelamento era descartada pelas lideranças, mas, diante da evolução da doença, o cenário mudou

Equipe InfoMoney

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SÃO PAULO – Movimentos organizadores das manifestações populares em defesa do governo Jair Bolsonaro e críticas ao Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal programadas para 15 de março anunciaram, nesta quinta-feira (12), o adiamento do ato, em função da propagação do novo coronavírus.

A decisão ocorre após o próprio presidente sugerir a suspensão dos movimentos, em meio ao risco de uma aglomeração potencializar o número de casos no país. O Brasil tem 77 casos confirmados da doença em dez estados e 1.427 suspeitos, segundo o Ministério da Saúde. Ontem, a OMS (Organização Mundial da Saúde) decretou pandemia da Covid-19.

Até o início da semana, a possibilidade de cancelamento era descartada pelas lideranças, mas, diante da evolução da doença, o cenário mudou. Comunicaram a nova posição os movimentos Nas Ruas e São Paulo Conservador. Não há informações sobre a nova data para os atos.

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Em sua live semanal nas redes sociais, desta vez ao lado do ministro Luiz Henrique Mandetta (Saúde), Bolsonaro fez ponderações sobre a realização dos atos, mas concluiu sugerindo o adiamento, diante do risco de a possível aglomeração contribuir na propagação da doença.

“[Há] Uma certa divisão, tendo em vista mais gente que pode se juntar nesses dias e ajudar a propagar o vírus. Agora, por outro lado, se você pegar São Paulo, por exemplo. O metrô está cheio a uma hora dessas, os ônibus (…) Tem um aspecto que tem que levar em conta? Tem. É mais um agrupamento de pessoas, tá certo?”, disse.

“O que devemos fazer agora é evitar que haja uma explosão de pessoas infectadas, porque os hospitais não dariam vazão a atender tanta gente”, pontuou. “Como presidente, tenho que tomar uma posição. Uma das ideias é adiar, suspender. Daqui a um mês ou dois, faz”.

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O tom de Bolsonaro sobre o novo coronavírus mudou nos últimos dias. Na segunda-feira, quando ainda estava nos Estados Unidos, o presidente disse que a doença era “muito mais fantasia” e minimizou seus impactos. Em pronunciamento em rede nacional, ele chamou de responsável a decretação de pandemia pela OMS.

O presidente voltou a recomendar que os atos fossem repensados, mas também procurou defender sua legitimidade e espontaneidade ao dizer que eles “atendem aos interesses da nação” e “demonstram amadurecimento da nossa democracia”.

“O momento é de união, serenidade e bom senso. Não podemos esquecer, no entanto, que o Brasil mudou. O povo está atento e exige de nós respeito à Constituição e zelo pelo dinheiro público. Por isso, as motivações da vontade popular continuam vivas e inabaláveis”, disse Bolsonaro.

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