Morte de Campos deixa mercado ainda mais incerto; veja ações para se proteger

InfoMoney conversou com dois especialistas que listaram papéis para fugir da volatilidade atual da bolsa

Leonardo Pires Uller

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SÃO PAULO – O candidato à presidência Eduardo Campos (PSB) faleceu em acidente aéreo nesta quarta-feira (13) na cidade de Santos, estado de São Paulo. Por volta das 11h40, quando os rumores do acidente começaram a circular, o Ibovespa marcava 57 mil pontos e mergulhou, chegando aos 55.238 pontos, queda de 3,09% em poucos minutos. Mesmo se recuperando, o índice continua operando em queda. A ação mais afetada pela tragédia foi a Petrobras (PETR4), os papéis preferenciais da empresa despencaram de R$ 19,90 para R$ 18,50 em menos de uma hora, queda de 7,2%. Durante a tarde, o papel preferencial da estatal segue em queda de mais de 3% em relação à abertura do dia 13 de agosto.

A eleição presidencial, que têm mexido tanto com a Bolsa de Valores nos últimos meses, muda de rumo com a morte de Campos, que aparecia em terceiro lugar nas pesquisas de intenção de voto. As incertezas sobre quem pode vencer o pleito aumentam e a Bolsa deve continuar volátil. Em um cenário como este, o InfoMoney conversou com os analistas Clodoir Vieira, da corretora Souza Barros, e Allan Soares, da Futura Investimentos, que recomendaram ações com perfil defensivo.

Soares afirma que esse movimento não deve se estender no longo-prazo, mas, ainda assim, é uma boa ideia priorizar ações que não sejam estatais e nem tenham desempenho influenciado pelas pesquisas eleitorais ou pelo cenário eleitoral.

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Uma das sugestões do especialista é a Kroton (KROT3). A empresa do setor de educação apresenta um forte desempenho há anos, com constantes resultados que surpreendem os analistas. Em 2014, a ação já acumula alta de 61,33% até o fechamento do dia 12 de agosto.

Soares ainda recomenda outra ação que tem apresentado um bom desempenho na bolsa brasileira: a Cielo (CIEL3). “Apesar de não ter tido um bom resultado no segundo trimestre de 2014, essa é uma excelente empresa que não se abala com temores eleitorais”, afirma o analista.

Para Vieira, também não há motivo para pânico com os investimentos em ações: “esse movimento é muito imediatista, as pessoas estão operando pela emoção e estão muito influenciadas por boatos, o que provoca um certo susto no investidor”. Assim, o conselho do especialista é por se manter em ações de dividendos para assim fugir da volatilidade.

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O analista cita então três ações que têm um alto dividend yield e podem ser uma alternativa para quem quer se proteger da atual volatilidade: Taesa (TAEE11), Telefônica Brasil (VIVT4) e Grendene (GRND3). O yield dos papéis é de 5,90%, 3,82% e 3,35%, respectivamente.

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