Moro aceita convite de Bolsonaro para “superministério” da Justiça

Juiz responsável pelos casos da operação Lava Jato em Curitiba deverá ocupar ministério remodelado, contando com a reintegração da área de Segurança Pública, além da Secretaria da Transparência e Combate à Corrupção, da CGU e do Coaf

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – O juiz federal Sérgio Moro, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, aceitou, na manhã desta quinta-feira (1), o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para integrar o Ministério da Justiça do futuro governo. A confirmação foi dada após uma reunião com duração de 1h30 entre os dois na residência de Bolsonaro, no Rio.

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O ministério ocupado por Moro deverá ser remodelada no próximo governo, contando com a reintegração da área de Segurança Pública, além da Secretaria da Transparência e Combate à Corrupção, da CGU (Controladoria-Geral da União) e do Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras).

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Por meio de nota, o juiz responsável pelos casos da operação Lava Jato em Curitiba confirmou a notícia e justificou sua decisão. “Fui convidado pelo Sr. Presidente eleito para ser nomeado Ministro da Justiça e da Segurança Pública na próxima gestão. Após reunião pessoal na qual foram discutidas políticas para a pasta, aceitei o honrado convite. Fiz com certo pesar pois terei que abandonar 22 anos de magistratura. No entanto, a perspectiva de implementar uma forte agenda anticorrupção e anticrime organizado, com respeito a Constituição, a lei e aos direitos, levaram-me a tomar esta decisão. Na prática, significa consolidar os avanços contra o crime e a corrupção dos últimos anos e afastar riscos de retrocessos por um bem maior”, disse.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DE SÉRGIO MORO

Moro chegou ao condomínio onde mora Bolsonaro, no Rio, às 9h (horário de Brasília), onde tiveram reunião por cerca de 1h30. Na saída, o magistrado chegou a deixar o carro para falar com a imprensa, mas, em meio ao tumulto, não deu declarações. Mais cedo, durante o voo, ele chegou a conversar com a Rede Globo, que o acompanhou na viagem. Segundo o G1, Moro falou sobre a implementação de uma agenda anticorrupção e contra o crime organizado.

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A notícia tem impactos políticos relevantes esperados. Em um primeiro aspecto, a boa imagem que o magistrado tem junto à opinião pública e sua associação com uma das mais caras bandeiras atuais do país, a do combate à corrupção, pode dar ainda mais força à gestão do militar reformado entre o eleitorado, assim como o próprio mundo político na nova configuração do Congresso. A avaliação é que a tradicional lua de mel que marca os primeiros meses de novos governos poderia ser prolongada com a população, o que traria reflexos em termos de força em aprovar medidas no parlamento.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.