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SÃO PAULO – Em relatório publicado nesta quinta-feira (23), a agência de risco Moody’s expressou preocupação com a polêmica proposta de nacionalização dos fundos de pensão privados que atuam na Argentina, mas descartou, por enquanto, a possibilidade de uma redução no rating do país.
“Embora a medida contribua para a flexibilidade financeira da Argentina no curto prazo, ela também prejudica a já enfraquecida credibilidade política do governo local e ainda acrescenta uma percepção negativa com a integridade institucional do país”, afirma o vice-presidente da agência, Mauro Leos.
Considerando os recentes desdobramentos da crise financeira internacional e a crescente preocupação do mercado com as necessidades de financiamento pelo governo argentino nos próximos anos, a proposta de estatização dos fundos “parece um conserto de curto prazo para um problema de longo prazo”, acrescenta Leos.
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A avaliação do executivo leva em conta a previsão de menor crescimento da economia do país em 2009, que deve testar a capacidade e disponibilidade do governo para limitar seus gastos. Isto porque a entrada dos recursos provenientes dos fundos deve tentar as autoridades a adiarem a necessária adaptação para colocar as finanças públicas do país em uma base sustentável, diz a agência.
Rating já deteriorado
Apesar dos temores com a proposta, a Moody’s afirmou que não vê nenhum impacto imediato no rating
dos títulos da dívida da Argentina, pois ele já reflete uma probabilidade muito elevada de dificuldades financeiras. A nota atual do país (“B3”) está entre as mais baixas do universo de cobertura da agência.
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