Ministros do TSE estudam barrar Lula das eleições antes do esperado

Alternativa estudada pelos magistrados seria decidir "de ofício" sobre situação do ex-presidente, o que alimenta controvérsias no meio jurídico

Marcos Mortari

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SÃO PAULO – A possibilidade de a indefinição jurídica sobre a candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ser empurrada até meados de setembro e tumultuar o processo eleitoral tem levado ministros do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) a discutirem planos alternativos.

Segundo o jornalista Nilson Klava, da GloboNews, os magistrados estão em alerta com possíveis manobras jurídicas do PT para manter a possibilidade da candidatura de Lula pelo máximo de tempo possível.

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De acordo com a reportagem, alguns ministros do TSE cogitam até mesmo tomar uma decisão “de ofício”. Neste caso, eles agiriam sem aguardar contestação da candidatura por um partido adversário ou pelo Ministério Público Federal. A medida divide opiniões no meio jurídico.

Condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal), Lula corre grandes riscos de ser impedido de se candidatar em função de um enquadramento na Lei da Ficha Limpa.

Tal possibilidade tem, inclusive, dividido lideranças do PT sobre qual caminho seguir nessas eleições. Uma ala defende a insistência na candidatura do ex-presidente, ao passo que outros avaliam a formação de uma aliança com o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT).

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Pesquisa Datafolha realizada em abril mostra Lula na dianteira da corrida presidencial nos cenários em que sua candidatura é considerada. O ex-presidente tem entre 30% e 31% das intenções de voto, dependendo da situação avaliada. Situação similar é apresentada pelo levantamento CNT/MDA, divulgado nesta segunda-feira. Nesta pesquisa, Lula tem 32,4% das intenções de voto no único cenário em que sua candidatura é considerada. Nas situações de segundo turno, ele vence todos os adversários avaliados.

Em função da força eleitoral de Lula, uma faixa do petismo tenta manter sua candidatura o mais próximo possível do primeiro turno. A ideia é ampliar o potencial de transferência de votos do ex-presidente a qualquer outro candidato do partido ou que a legenda venha a apoiar.

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Marcos Mortari

Responsável pela cobertura de política do InfoMoney, coordena o levantamento Barômetro do Poder, apresenta o programa Conexão Brasília e o podcast Frequência Política.