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SÃO PAULO – Ministros, deputados e senadores do PT consideram não apenas possível, mas provável, que um impeachment da presidente Dilma Rousseff possa ocorrer neste ano, diz Mônica Bergamo, colunista da Folha de S.Paulo. O clima é de abatimento, segundo a colunista.
De acordo com o monitoramento feito pelo PT, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), rejeitará os pedidos de impeachment, inclusive do jurista Hélio Bicudo, um dos fundadores do PT. Então, deputados da Frente Pró-Impeachment, com 280 votos, recorreriam ao plenário para votar pela admissibilidade do impeachment, o primeiro passo para o afastamento de um presidente.
Conforme destaca um senador ouvido pela colunista, foi a partir da aprovação da admissibilidade do impeachment de Fernando Collor de Mello em 1992 que as pessoas foram às ruas para tirá-lo do poder, e o mesmo pode acontecer com a presidente.
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Depois disso, o processo passaria a ser apreciado por todos os parlamentares. Como o voto é aberto, até parlamentares da oposição que são contra o impeachment se veriam obrigados a votar a favor.
E, mesmo na oposição, há quem não esteja contente com o desfecho da história, o que é o caso do governador paulista Geraldo Alckmin. E, ainda que vença a disputa dentro do PSDB para ser o candidato do partido em 2018, o governador terá dois opositores fortes: Michel Temer, que substituiria Dilma na Presidência, e Lula, que estará na oposição.