Ministro do STF determina quebra de sigilo bancário e fiscal de Fernando Collor

Collor é suspeito de ter cometido lavagem de dinheiro e de ter recebido R$ 3 milhões em propina em um negócio da BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) e relator da Lava Jato, Teori Zavascki, determinou nesta segunda-feira (18) a quebra de sigilo bancário e fiscal do senador e ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB-AL) no período de 1º de janeiro de 2011 a 1º de abril de 2014. A decisão foi tomada na última quinta-feira e está em segredo de justiça.

Collor é suspeito de ter cometido lavagem de dinheiro e de ter recebido R$ 3 milhões em propina em um negócio da BR Distribuidora, empresa subsidiária da Petrobras. Zavascki ainda decretou a quebra do sigilo bancário de outros quatro suspeitos de terem cometido irregularidades, entre eles Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, conhecido como PP, que foi ministro de Collor quando ele era presidente.

Em depoimento, o doleiro Alberto Youssef disse que foram feitos vários depósitos para Collor a pedido de PP — que, por sua vez, é dono de uma empresa que mantinha negócios com o doleiro, a GPI Participações e Investimentos. Ainda foi determinada a quebra de sigilo bancário de 12 empresas, incluindo o jornal Gazeta de Alagoas e a TV Gazeta de Alagoas, de propriedade da família de Collor.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.