Ministro da Saúde deixa cargo para votar em líder do PMDB aliado ao Planalto

Decreto exonera Marcelo Castro e José Agenor será o substituto interino; ministro licenciado votará em Leonardo Picciani para líder na Câmara

Lara Rizério

Publicidade

SÃO PAULO – Um decreto da presidente Dilma Rousseff e divulgado no Diário Oficial exonera o ministro da Saúde, Marcelo Castro, do cargo interinamente. José Agenor será o substituto interino.

Segundo o decreto, a nomeação de José Agenor como interino não tem detalhes sobre prazo e diz que nomeação ocorre sem prejuízo das atribuições que ele atualmente ocupa. Segundo apurou a Folha de S. Paulo, ele deve retomar o cargo na quinta (18).

Castro pediu exoneração do cargo para votar no candidato preferencial do Planalto, Leonardo Picciani, na eleição para líder do PMDB, decisão essa que foi alvo de muita polêmica, já que o país vive uma campanha de combate ao mosquito Aedes aegypti.

Masterclass

O Poder da Renda Fixa Turbo

Aprenda na prática como aumentar o seu patrimônio com rentabilidade, simplicidade e segurança (e ainda ganhe 02 presentes do InfoMoney)

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

A disputa no PMDB vai ocorrer em reunião fechada da bancada, marcada para as 15h, entre Picciani e o deputado Hugo Motta (PB), ex-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras e aliado do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (RJ).

Cabos eleitorais dos dois lados estão contando como certa a vitória de seus candidatos por uma margem considerável. Mas somente após a apuração dos votos – que serão em cédulas de papel ou no painel eletrônico – será possível conhecer o novo líder da bancada.

Picciani e Motta passaram boa parte dos últimos dias conversando com os deputados peemedebistas em busca dos votos necessários à sua eleição.

Continua depois da publicidade

Segundo a Folha de S. Paulo, para evitar se indispor com Motta caso ele seja o vencedor, o Palácio do Planalto adotou o discurso de que a decisão de Castro de participar da eleição interna é “pessoal” e, portanto, sem interferência do governo.

Cunha se empenhou pessoalmente para a eleição de Motta e, caso saia derrotado, isso pode enfraquecer o movimento pró-impeachment e reforçar a pressão por sua saída. Já a vitória de Picciani é importante para o Planalto de forma justamente a enfraquecer o pedido de impeachment de Dilma e garantir a provação de medidas do ajuste fiscal.

(Com Agência Brasil)

Continua depois da publicidade

Leia também:

InfoMoney atualiza Carteira para fevereiro; confira

Analista-chefe da XP diz o que gostaria de ter aprendido logo que começou na Bolsa

Newsletter

Infomorning

Receba no seu e-mail logo pela manhã as notícias que vão mexer com os mercados, com os seus investimentos e o seu bolso durante o dia

E-mail inválido!

Ao informar os dados, você concorda com a nossa Política de Privacidade.

Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.