Ministro critica Janot por pedido de prisão de Aécio e alfineta: “leiam a Constituição antes de seguir suas vontades”

Solicitação não agradou Gilmar Mendes

Rafael Souza Ribeiro

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SÃO PAULO – Na última segunda-feira (31), Rodrigo Janot voltou a pedir a prisão do senador Aécio Neves, além de seu afastamento do Congresso, com base na delação premiada de Joesley Batista (confira o áudio da conversa aqui). Porém, a decisão do procurador-geral da República parece não ter agradado o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes.

Ao ser questionado na saída da primeira sessão plenária do STF após o recesso, Mendes criticou a decisão de Janot ao protocolar pela terceira vez a prisão do tucano e disparou: “não posso emitir juízo sobre a Primeira Turma, isso é opinião do procurador e será considerado. Se recomenda que se leia a Constituição. Eu acho que é bom que atores jurídicos políticos leiam a Constituição antes de seguir suas vontades”.

Vale ressaltar que a Polícia Federal apresentou em maio registros de uma conversa telefônica entre o senador e o ministro do STF combinando supostas articulações para a tramitação do projeto de lei que endurece as punições para autoridades que cometem abuso. A gravação foi feita dentro das investigações da Operação Patmos.

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De qualquer forma, o ministro do STF, Marco Aurélio Mello, afirmou que o recurso de Janot deve ser julgado ainda este mês e que está esperando pela manifestação do senador para iniciar o trâmite. Importante lembrar que Marco Aurélio negou a prisão de Aécio Neves em 30 de junho.

Nos autos da acusação, Janot aponta que o tucano era integrante de uma organização criminosa focada em obstruir investigações e salvar autoridades: “como se vê, conforme gravações ambientais e interceptações telefônicas, o senador Aécio Neves vem adotando, constante e reiteradamente, estratégias de obstrução de investigações da Operação Lava Jato, seja por meio de alterações legislativas para anistiar ilícitos ou restringir apurações, seja mediante interferência indevida nos trabalhos da Policia Federal, seja através da criação de obstáculos à celebração de acordos de colaboração premiada relacionados ao caso”, aponta o procurador-geral da República.

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