Ministra da Casa Civil será investigada por Comissão de Ética após denúncias

Erenice Guerra e o filho são acusados pela mídia de fazer lobby em troca de favorecimento em contratos públicos

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SÃO PAULO – A ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, será investigada pela Comissão de Ética Pública da Presidência da República por conta de denúncias veiculadas contra ela e seu filho em uma reportagem da revista “Veja” desta semana.

Na matéria, Israel Guerra, filho de Erenice, é acusado de fazer lobby junto com a empresa Capital Assessoria e Consultoria Empresarial para ajudar uma empresa aérea a renovar um contrato com a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). Em troca, Israel pôde assinar um contrato privilegiado com os Correios. Segundo a revista, Erenice atuou em favor de seu filho.

A ministra, por sua vez, classificou a matéria de “caluniosa”. Além disso, pediu à comissão, por meio de nota, a abertura imediata de investigação sobre sua conduta no que concerne ao que foi informado pela revista. Erenice disse estar disposta a abrir mão de seu sigilo bancário, telefônico e fiscal, assim como o de seu filho.

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Nesta segunda-feira (13), o assessor da secretaria-executiva da Casa Civil, Vinícius de Oliveira Castro, afirmou que repudia as acusações e pediu exoneração do cargo. Ele foi citado na reportagem como outro suposto participante do esquema para beneficiar empresas com contratos no governo.

Investigação deve terminar antes das eleições
O advogado Fábio Coutinho foi escolhido relator do caso contra Erenice na Comissão de Ética Pública e espera terminar os procedimentos preliminares de investigação em no máximo dez dias. O relator reconheceu que o processo deve ser concluído, de preferência, antes das eleições.

Para sua defesa, a ministra contratou o escritório de advocacia Tojal, Teixeira Ferreira, Serrano e Renault Advogados Associados para atuar em ações judiciais contra a “Veja”.

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Eleições
As denúncias chegaram à campanha eleitoral por meio da campanha na TV do candidato tucano José Serra. Ele também as citou no debate entre os presidenciáveis promovido no final de semana em parceria entre a RedeTV! e o jornal Folha de S. Paulo.

Antes de assumir a Casa Civil, em abril, Erenice foi assessora direta de Dilma Rousseff, quando ela ocupava o cargo. A candidata ao Planalto pelo PT cobrou a apuração das denúncias e afirmou que não poderia se responsabilizar por algo que o filho de sua antiga assessora poderia ter feito. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva , que decidiu manter Erenice no cargo, recomendou à ministra que ela deve apresentar respostas e provas “o mais rápido possível”, de acordo com informações obtidas pela Folha de São Paulo.

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