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SÃO PAULO – A Procuradoria da República do Distrito Federal instaurou um inquérito para investigar o suposto repasse de US$ 80 milhões do Grupo J&F para os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff, indicados na delação premiada dos irmãos Batista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Em sua delação, Joesley disse que, em 2009, foi criada uma conta para receber os repasses relacionados a Lula e, no ano seguinte, outra foi aberta para envio de valores relacionados a Dilma. No depoimento, o empresário contou pelo menos três casos de repasses de verbas para os petistas.
Entre eles, ele afirmou que no mesmo ano, em dezembro, o BNDES adquiriu debêntures da JBS, convertidas em ações, no valor de US$ 2 bilhões, “para apoio do plano de expansão”. “O depoente escriturou em favor de Guido Mantega, por conta desse negócio, crédito de US$ 50 milhões e abriu conta no exterior, em nome de offshore que controlava, na qual depositou o valor”, relatou Joesley.
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Segundo o empresário, em reunião com Mantega no fim de 2010, o petista pediu a ele “que abrisse uma nova conta, que se destinaria a Dilma”. Nesse momento, disse Joesley, foi perguntado ao ex-ministro se Lula e Dilma sabiam do esquema. “Guido confirmou que sim”, disse ele.
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