Ministério da Defesa do Japão entra em atividade nesta terça

Revisão nas leis permitiu a conversão da Agência de Defesa em Ministério, pela primeira vez em mais de 50 anos

Ana Paula Ribeiro

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SÃO PAULO – A Agência de Defesa do Japão iniciou, nesta terça-feira (09), suas atividades como ministério, pela primeira vez desde que foi criada em 1954. Em uma cerimônia realizada pela manhã (horário local), o antigo diretor-geral da agência, Fumio Kyuma, foi empossado como o ministro da pasta pelo premiê Shinzo Abe.

A partir de agora, Kyuma terá poderes semelhantes aos de qualquer outro ministro, incluindo administrar orçamento próprio e propor novas leis.

Além disso, com a conversão da atual agência para ministério, as ações de cooperação das Forças de Autodefesa japonesas, entre elas, prestar assistência em casos de desastres, integras as forças de paz da ONU ou dar apoio logístico nos conflitos internacionais tornaram-se prioritárias para o governo.

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Volta ao passado?

O novo ministro sinalizou ainda, em entrevista logo após sua posse, que o programa nuclear da Coréia da Norte deve ser um dos principais alvos das iniciativas do Ministério, já que, sua utilização para fins militares podem colocar em risco todo o continente.

A mudança também pode abrir caminho para que Shinzo Abe realize as reformas na Constituição pacifista do país, redigida em 1947, logo após o término da Segunda Guerra Mundial.

Essa possibilidade é vista com preocupação pelos países vizinhos, que temem pelo retorno da política militarista que marcou o passado do Japão.

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O governo, por sua vez, argumenta que ao ser impedido de participar diretamente dos conflitos, por conta da Constituição, o Japão deixa de exercer seu direito de auto-defesa que inclui assistência militar quando for ameaçado de ataque. Rebatendo as críticas, o primeiro-mnistro japonês afirmou que a revisão nas leis que garantiram a criação do novo ministério foi aprovada por quase 90% dos parlamentas pelas duas casas que compõem a Câmara.

A aprovação, no entanto, só foi possível graças a uma manobra do Partido Liberal Democrático (PLD), da situação, aliado ao Komeito, budista.

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Ana Paula Ribeiro

Jornalista colaboradora do InfoMoney