Minério de ferro sobe 1,4% e pode puxar Vale; veja os assuntos que agitarão o mercado

Veja o que de mais essencial você precisa saber antes de começar a operar nesta quinta-feira

Rodrigo Tolotti

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SÃO PAULO – A quinta-feira promete ser de maior calmaria na Bolsa, com os mercados fechados em Wall Street por conta do feriado do Dia de Ação de Graças. No radar dos investidores globais, destaque para os números do PIB (Produto Interno Bruto) de Alemanha e Espanha, enquanto no Brasil as atenções se voltam para os desdobramentos da agenda política com a aprovação da segunda edição do programa de repatriação no plenário do Senado e indicadores econômicos como os dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados). No exterior, a sessão é levemente positiva.

Na véspera, o Ibovespa fechou próximo à estabilidade, com variação positiva de 0,05%, a 61.985 pontos, enquanto o dólar comercial subiu 1,12%, cotado a R$ 3,3940 na venda. A sessão marcou atenção dos investidores com o movimento dos Treasuries norte-americanos. Confira no que se atentar na sessão desta quinta-feira (24):

1. Bolsas mundiais
As ações europeias ensaiam terceira alta em quatro dias, após a divulgação dos indicadores de atividade econômica na Alemanha e Espanha, mas com os investidores ainda atentos às expectativas por alta nos juros pelo Federal Reserve na próxima reunião do Fomc nos Estados Unidos. Na ásia, o índice chinês CSI300 subiu pelo quarto dia consecutivo nesta quinta-feira com os investidores buscando ações cíclicas, mas o mercado em geral teve dificuldades para mostrar força com as ações ligadas ao crescimento sob persistente pressão de venda. 

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Já o minério de ferro spot (à vista), negociado no porto de Qingdao com 62% de pureza, fechou em alta de 1,40%, a US$ 76,93, seguindo seu rali e podendo trazer um novo impulso para os papéis da Vale hoje na Bolsa, em dia sem a referência nos EUA.

As blue-chips da China tiveram desempenho melhor que as ações ligadas ao crescimento no último mês, refletindo a renovada inclinação dos investidores para setores cíclicos como o financeiro e de commodities, em meio a sinais de que a economia está se estabilizando. Já o principal índice da região recuou, com dados econômicos positivos fortalecendo a perspectiva de juros mais altas nos Estados Unidos.

Às 08h02, este era o desempenho dos principais índices:

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* FTSE 100 (Reino Unido) -0,12%

* CAC-40 (França) +0,21%

*DAX (Alemanha) +0,17%

* Xangai (China) +0,01% (fechado)

*Hang Seng (Hong Kong) -0,30% (fechado)

*Nikkei (Japão) +0,94% (fechado)

*Petróleo WTI +0,31%, a US$ 48,09 o barril

2. Agenda internacional
O feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos mantém os mercados fechados em Wall Street nesta quinta-feira (24) e abertos apenas até às 15h (horário de Brasília) nesta sexta-feira (25). Por outro lado, na Europa o dia foi de divulgação de PIB (Produto Interno Bruto) de dois países. Na Alemanha, a economia cresceu 0,2% no terceiro trimestre ante o segundo e registrou expansão anual de 1,7%. Enquanto isso, o PIB da Espanha cresceu 0,7% no terceiro trimestre ante o segundo e registrou expansão anual de 3,2%.

3. Caged e Nota de Política Monetária
Sem indicadores a serem divulgados nos Estados Unidos, os olhos dos investidores também se voltam para a agenda doméstica, que tem como destaques a Nota de Política Monetária e Operações de Crédito, a ser publicada pelo Banco Central às 10h30, e o leilão de títulos públicos (LTN e LFT), que o Tesouro realiza às 11h30. Às 16h, são esperados os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, do Ministério do Trabalho e Emprego. A LCA Consultores estima que 71,4 mil empregos formais devem ter sido eliminados em outubro.

4. Agenda política
No front político, atenções concentradas na sessão da Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, que realiza duas audiências públicas. A primeira, marcada para as 10h, discutirá a securitização das dívidas estaduais e contará com a presença da deputada e ex-presidente do parlamento grego Zoe Konstantopoulou. Já a segunda discutirá a PEC 55, que pretende limitar o crescimento dos gastos públicos por 20 anos. Ainda na agenda do dia, destaque para a reunião do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), às 10h30, e o almoço com o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn. À tarde, os dois participarão da reunião do Conselho Monetário Nacional.

Vale lembrar que entre ontem e hoje estão sendo assinados os acordos de delação premiada de diversos executivos da Odebrecht, o que promete trazer mais tensão no ambiente político. Em matéria publicada esta manhã, o jornal O Globo afirmou que pelo menos 130 políticos serão atingidos pela delação, entre eles o presidente Michel Temer e os ministros José Serra, Geddel Vieira Lima e Eliseu Padilha. Para saber mais, clique aqui.

5. Noticiário corporativo
Entre os destaques corporativos, o conselho do Pão de Açúcar autorizou a diretoria a iniciar o processo de alienação da participação da companhia no capital da Via Varejo. Segundo o Valor Econômico, a Lojas Americanas seria uma das interessadas em comprar a empresa. Enquanto isso, a Petrobras aprovou os acordos para encerrar onze ações contra a companhia nos Estados Unidos. Já a CPFL Energia apresentou requerimento para que a Aneel autorize a transferência das ações detidas pelos acionistas do bloco de controle à State Grid. Para ver mais detalhes, clique aqui.

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Rodrigo Tolotti

Repórter de mercados do InfoMoney, escreve matérias sobre ações, câmbio, empresas, economia e política. Responsável pelo programa “Bloco Cripto” e outros assuntos relacionados à criptomoedas.