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Enquanto Jair Bolsonaro (PL) permanece em casa, cercado pelos filhos, durante o julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro deve cumprir agendas políticas na sede do PL, em Brasília, distante do marido.
“As agendas de hoje estão todas sem confirmação porque não sabemos se ela irá ao partido”, informou sua assessoria após a publicação desta reportagem.
Na terça-feira, quando os ministros iniciaram a análise da ação penal que pode levar à condenação do ex-presidente por tentativa de golpe de Estado, Michelle esteve com dirigentes do partido. A informação foi confirmada por fontes ao Globo, mas é negada por sua assessoria, que garante que ela passou o dia de ontem em casa.
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Nesta terça-feira, um dos assuntos que tratou com articuladores foi a possível candidatura da ex-secretária Teresinha Neves à Câmara dos Deputados em 2026. Teresinha foi diretora de Políticas para Mulheres durante o governo Bolsonaro e está filiada ao PL.
A escolha de acompanhar o julgamento a partir da sede partidária — e não ao lado do marido, em sua casa, onde Bolsonaro recebeu Carlos e Jair Renan — foi lida no PL como um gesto político. A presença dela funcionou como uma espécie de contrapeso ao isolamento de Bolsonaro.
Segundo interlocutores, Valdemar Costa Neto, presidente do partido, tem incentivado Michelle a ocupar esse espaço. A ex-primeira-dama tem se consolidado como ponte entre a militância evangélica, parlamentares mulheres e a cúpula da sigla.
No dia seguinte à última data marcada para o julgamento, a próxima sexta-feira (13), Michelle viaja para Sorriso, no Mato Grosso, para dar continuidade às suas agendas no PL Mulher.
Desde o início do ano, Michelle intensificou compromissos partidários, especialmente voltados a pautas ligadas às mulheres e ao eleitorado cristão.