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SÃO PAULO – O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ampliou fortemente a sua vantagem sobre os seus concorrentes na disputa pela reeleição, conforme aponta o Datafolha. Dos 47%, o atual governador passou para 54% das intenções de voto, enquanto o segundo lugar na disputa, Paulo Skaf (PMDB) sofreu uma queda forte, de 21% para 16% das intenções de voto. Enquanto isso, o candidato do PT, Alexandre Padilha, ainda “patina”, com apenas 4%.
Mas a que se atribui este cenário? Para o cientista político e professor de administração pública da Fundação Getulio Vargas, Marco Antonio Carvalho Teixeira, este ambiente de tranquilidade para a reeleição de Alckmin se deve a um conjunto de fatores, que vão desde rejeição ao PT – principalmente do interior do estado de São Paulo – quanto a falta de um nome forte para competir com o governador.
O primeiro fator se deve ao fato de que não está se desenhando uma alternativa ao governo do PSDB em São Paulo, pelo menos não na opinião dos eleitores. Com a eleição se aproximando e as pessoas passando a decidir os seus candidatos, o percentual de votos em nulo e branco está registrando queda.
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Além disso, em segundo lugar, a pesquisa também mostrou uma boa avaliação do governo Alckmin sendo que, para 46% dos eleitores, a administração é ótima ou boa. Em novembro do ano passado, a avaliação positiva somava 41%, patamar que se manteve em junho deste ano. Já a avaliação negativa está em 14%, ante 18% do mês passado. “Essa [o aumento da aprovação do governo] é a grande questão, uma vez que o governo paulista também vem passando por problemas, como o risco de racionamento cada vez maior, além de escândalos de corrupção, como o da Alstom. Essa elevação é curiosa em meio a tantas más notícias para o governo paulista”, aponta Teixeira.
Cabe lembrar, em terceiro lugar, ainda que Alckmin tem a menor rejeição entre os três principais candidatos do governo. Cerca de 19% dos entrevistados disseram que não votariam no tucano de jeito nenhum, enquanto Skaf não seria votado por 20% dos entrevistados. Como o mais rejeitado, está o candidato petista: 26% disseram que não votariam nele de jeito nenhum. E ele possui apenas 4% das intenções de voto. “Os números sobre rejeição são muito importantes. Isso contribui num cenário de ausência de alternativas”.
Teixeira aponta, em quarto lugar ainda o domínio de Alckmin no interior, que possui um perfil mais conservador na comparação com a capital e região metropolitana. Na capital, o tucano tem 49% das intenções de voto, ante 18% de Skaf e 4% de Padilha. No interior, Alckmin possui 58% das intenções de voto, contra 14% de Skaf e também de 4% do petista.
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Por fim, este cenário ruim para o PT se intensifica ainda mais ao levar em conta a má avaliação do atual prefeito da capital, Fernando Haddad. O último Datafolha, do final de junho, mostrou que apenas 17% dos entrevistados achavam o governo do petista ótimo ou bom, enquanto 44% achavam regular e 36%, ruim ou péssimo. E, com certeza, este fator influencia negativamente à candidatura já deficiente do petista, assim como o aumento da rejeição também de Dilma. Assim, o PT deve seguir preocupado, tanto com relação ao governo estadual quanto no federal.
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