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SÃO PAULO – A Mesa Diretora do Senado decidiu, por unanimidade, aceitar o pedido do Conselho de Ética de encaminhar para a Polícia Federal pedido para realização de nova perícia nos documentos do presidente da Casa, Renan Calheiros, alvo de um processo por quebra de decoro parlamentar.
Os novos relatores do processo contra o peemedebista no Conselho concluíram que era necessário aprofundar as perícias nos documentos enviados por Renan. O vice-presidente do Senado, Tião Viana, levou o pedido de perícia ao ministro da Justiça, Tarso Genro, que se comprometeu a encaminhá-lo à PF até a próxima quarta-feira.
Origem do dinheiro
O pedido inclui uma relação de documentos das secretarias de Agricultura e da Fazenda de Alagoas, onde o parlamentar tem fazendas de gado. Esses documentos servirão de base para as novas perícias que podem ser realizadas pela PF.
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O objetivo é saber se realmente ocorreram as vendas de gado declaradas por Renan ao justificar a origem do dinheiro usado para pagar a pensão para a jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha fora do casamento.
Relatores divergem opiniões
Dos três relatores no Conselho de Ética, Almeida Lima foi o único que se opôs ao pedido. Para ele, não cabe à Polícia Federal investigar o senador, só o Supremo Tribunal Federal pode dar a autorização.
Já para Renato Casagrande, outro relator, o pedido é de colaboração técnica e não se trata de uma investigação. “A Polícia Federal não vai fazer investigação. Vai avaliar documentos”, justificou.
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