Mercado está prestes a testar a nova onda otimista com o governo Bolsonaro

Não há dificuldades para a aprovação da reforma na CCJ, mas a comissão será importante para dar a largada no processo e evitar o pessimismo com o prazo para aprovação da reforma  

Bloomberg

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(Bloomberg) — O bom humor do mercado, que se reflete na 3ª queda seguida do dólar e do CDS brasileiro, deve ser testado já nesta quarta-feira, com a tentativa da Câmara de criar a Comissão de Constituição e Justiça – que marcará o início da tramitação da ambiciosa reforma da Previdência do governo Jair Bolsonaro.

O mercado não conta com dificuldades para a aprovação da reforma na CCJ, mas a comissão será importante para dar a largada no processo e evitar o pessimismo com o prazo para aprovação da reforma.

A possibilidade de instalação ainda antes do carnaval não foi confirmada e um novo atraso poderia ser mal recebido pelo mercado. “A CCJ é crucial, embora seja apenas o início do jogo”, diz Tony Volpon, economista-chefe do UBS Brasil, em entrevista por telefone.

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O mercado vê um cenário favorável à aprovação da reforma, mas o prazo de tramitação gera angústia. Isso porque o primeiro mandato de um novo presidente é visto como o melhor momento para se aprovar propostas potencialmente impopulares, dado que o governo ainda não sofreu muito desgaste.

Além disso, 2019 é um ano sem eleições, o que favorece o voto deste tipo de matéria, ao contrário de 2020, que terá eleição de prefeitos.

Um prazo estendido da tramitação ainda traria o risco de abrir um flanco para algum fato totalmente inesperado, que pudesse minar o capital político do governo, como ocorreu com Temer e o caso JBS, diz Volpon.

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O ex-presidente, recorde-se, estava perto de aprovar sua PEC de reforma quando foi surpreendido pela delação dos irmãos Batista, da JBS.

Em termos de discussão dos detalhes da reforma, a comissão temática terá maior peso que a CCJ. Será na comissão específica da PEC da Previdência que os deputados devem debater a esperada desidratação da proposta.

Para o economista do UBS, mesmo que a economia diminua dos R$ 1,1 trilhão previstos originalmente para cerca de R$ 800 bilhões, a reforma ainda deverá ser vista pelo mercado como robusta.

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