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SÃO PAULO – Henrique Meirelles, presidente do Banco Central, e Luiz Inácio Lula da Silva, presidente do País, reuniram-se nesta terça-feira (30) para discutir o futuro político de Meirelles. Na saída do encontro, Meirelles afirmou que Lula pediu para que ele permaneça no comando do Banco Central, para “completar o trabalho” feito até aqui.
“E também para assegurar que entregaremos ao próximo presidente uma economia estabilizada, crescendo, com inflação na meta e todas as condições para que o Brasil continue crescendo nos próximos anos”, disse. Após o pedido, Meirelles solicitou um tempo para pensar e se comprometeu com o presidente a dar-lhe uma resposta em 24 horas.
Futuro político
Para Rafael Cortez, analista político da Tendências Consultoria, existe a possibilidade de que Meirelles anuncie sua permanência à frente do Banco Central. Em sua avaliação, Lula teria todos os motivos para convencê-lo a ficar, principalmente em um ano eleitoral. Como a candidatura de Dilma Rousseff está ancorada no bom desempenho do governo Lula, com crescimento aliado à inflação controlada, a presença de Meirelles no Banco Central evitaria turbulências.
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Além disso, como o presidente do BC tem ambições políticas, “nada melhor do que começar sob o guarda-chuva lulista”, aponta Cortez. Outro ponto que deve pesar são as opções caso deixe o cargo. Como o poder de pressão de Lula e Dilma na escolha do vice é menor após a última pesquisa Datafolha, que voltou a apontar crescimento de José Serra, o nome mais cotado para a vaga é o de Michel Temer, e assim o Senado seria a disputa mais provável de Meirelles, aposta Cortez.
E complementa: “se ele permanecer à frente do BC, imagino que seja por causa de algum prêmio político, como um ministério importante”. Já Fausto Gouveia, economista-chefe da Legan Asset, por sua vez, acredita que Meirelles deve sair do posto, justamente por causa de suas ambições políticas. “Ele já está 8 anos à frente do Banco Central”, ressalta. A dúvida, para ele, reside justamente a qual cargo ele irá concorrer. Como Cortez, Gouveia fala na vice-presidência, possibilidade a qual o PMDB impõe bastante resistência, ou o Senado de Goiás. “De toda forma, é uma incógnita”, conclui.
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