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SÃO PAULO – Preso há dois dias, o marqueteiro João Santana afirmou, em depoimento à Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (25), que não sabia que deveria ter declarado à Receita Federal uma conta bancária que tem no exterior, de acordo com o advogado que o representa, Fábio Tofic. A oitiva durou mais de três horas, na Superintendência da PF, em Curitiba.
Santana e sua mulher, Mônica Moura, são suspeitos de receber dinheiro vindo do esquema de corrupção na Petrobras e investigado pela Operação Lava Jato. O dinheiro seria, de acordo com as investigações, pagamento de serviços eleitorais prestados ao PT. O marqueteiro assumiu o recebimento, mas que este foi por conta de campanhas eleitorais no exterior.
A conta foi aberta em 1998 para receber por serviços de campanhas eleitorais realizados na Argentina, segundo o advogado. “Na época, ele achou que não tinha problema porque eram recursos recebidos em outro país e, ao longo de uma auditoria recente, ele foi informado que havia essa irregularidade. Ele estava já tomando as medidas, pensando na forma de regularizar esses recursos”, disse Tofic.
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“Eles não têm absolutamente nada a esconder. Eles já autorizaram, inclusive, que seja aberto todo e qualquer sigilo financeiro e bancário através da polícia”, afirmou Tofic. O advogado voltou a afirmar que em relação à campanha do PT está tudo declarado à Justiça Eleitoral.
