Marina, sobre ganhar no 1º turno: “temos que andar de pé no chão e sandália de algodão”

A candidata do PSB ainda destacou que vai propor uma emenda para que tenha fim da reeleição e que haja um mandato de 5 anos, destacando ter se inspirado em Mandela

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A candidata ao PSB à presidência da República, Marina Silva, participou hoje de uma sabatina no portal G1, da Globo e falou sobre a Petrobras (PETR3;PETR4), política externa, fim da reeleição e sobre o cenário eleitoral.

Questionada sobre as possibilidades de ganhar já no primeiro turno, uma vez que vem apresentando forte alta das intenções de voto nas últimas pesquisas eleitorais, a candidata respondeu: “Eu tenho brincado que nós temos que andar de pé no chão com sandálias de algodão. Ainda é um período de análise. Quem decide é o eleitor”. 

E ainda ressaltou: “lamento profundamente que Aécio Neves e Dilma Rousseff ainda não apresentaram o programa”. Em um segundo turno, questionada se ela aceitaria apoio ao PSDB, ela disse que tem respeito pelos concorrentes e citou 2010, quando disse que segundo turno se resolve no segundo turno.

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Perguntada sobre a Petrobras, ela destacou que a nova política passa pelo expediente de parar de dividir os espaços das estatais, citando que os cargos públicos devem ser pautados pela eficiência. “Petrobras sofreu o que há de pior, desvalorização no mercado e endividamento. Queremos que ela continue sendo eficiente”.  

Marina disse que não é verdade o que os concorrentes dizem sobre ela em relação ao pré-sal, ressaltando que o pré-sal é uma realidade e que vai manter os investimentos. Ela destacou que o que é preciso fazer é corrigir políticas erráticas e que foram ruins para o setor alcooleiro. A exploração do pré-sal, afirmou, vai gerar riquezas para investir os 10% da educação e também para outras fontes de geração. Ela destacou que a reforma política precisa ser feita e reiterou que governará com  pessoas de bem.

Questionada por um internauta se reviravolta que ocorreu nas pesquisas após a morte de Eduardo Campos denotava que a chapa foi muito mal composta no início ou se houve uma decisão emotiva do povo, Marina ressaltou que, no momento em que Campos pudesse participar dos debates com programa eleitoral, a população saberia o que “ela havia observado antes”.  

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Rede X PSB
Perguntada se irá migrar para a Rede se for eleita e sair o registro de seu partido, Marina afirmou que o PSB é um partido de 60 anos, enquanto Rede é um esforço para construção do partido. “O esforço do registro é um movimento de todo o esforço da Rede Sustentabilidade. Eu vou continuar como presidente da república, eleita pelo PSB, por que eu não quero instrumentalizar a Rede, mas vamos contar com o apoio da Rede. “Os melhores vão ser convocados para governar”, destacando que não quer continuar com essa lógica de que o governo governa para os partidos. E ainda destacou que a aliança com o PSB é coerente com a renovação da política. 

Marina Silva ainda defendeu o fim da reeleição, destacando que será um grande passo para o Brasil e que vai propor uma emenda sobre o assunto, mas aumentando o mandato em cinco anos. E ainda destacou se inspirar no líder sul-africano Nelson Mandela, que também não buscou a reeleição. 

Questionada sobre assuntos polêmicas, Marina ressaltou ser a favor da adoção de crianças por casais homossexuais, ser contra a eutanásia, manter a legislação sobre o aborto, além de destacar ser contra a redução da maioridade penal em caso de crimes hediondos. Ela também afirmou que o imposto sobre grandes fortunas será discutido se ela for eleita e que é favor do voto obrigatório. 

Ela ainda destacou que o uso do jato que levou a morte de Campos pela campanha já foi esclarecido. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.