Marina Silva tem mais de 50% de chances de ganhar as eleições, aponta banco americano

Em nota, o banco destacou que a sua confirmação como nome do PSB é quase certa e que o governo dela seria muito positivo para o Brasil, tanto para os mercados como para o País como um todo

Lara Rizério

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SÃO PAULO – O banco de investimento americano BBH (Brown Brothers Harriman) vê uma chance superior a 50% de Marina Silva vencer as eleições de 2014. Em nota, o banco destacou que a sua confirmação como nome do PSB é quase certa e que o governo dela seria muito positivo para o Brasil, tanto para os mercados como para o País como um todo. “Não só achamos que ela tem uma chance muito grande de ganhar – acima de 50% – mas o governo também seria muito positivo para o País”, destacam. 

Além disso, o banco compara Marina a Narendra Modi, que ganhou as eleições da Índia em maio e que tem a fama de um bom administrador.

“Em primeiro lugar, ela é a único candidata capaz de angariar eleitorais que foram desencantados pelo sistema político (ou seja, os votos de protesto). Na verdade, as últimas pesquisas sugerem que a intenção de voto de 21% para o primeiro turno veio em grande parte do declínio nas categorias em brancos e nulos, de 27% para 17%”, afirma.

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Em segundo lugar, é porque ela ainda é vista como diferente das elites políticas tradicionais. Seguindo as analogias, o banco compara ainda o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, com Sonia Gandhi, figura poderosa nos bastidores da política da Índia.

Em terceiro lugar, Marina tem um forte apelo frente aos eleitores jovens e dependerá fortemente das novas tecnologias para a campanha. Ela terá que ser inovadora, sendo especialmente o caso uma vez que ela terá menos recursos e menos tempo de TV do que os outros candidatos. Para cada bloco de tempo de campanha de propaganda eleitoral de 25 minutos, Dilma terá 11 minutos e 24 segundos; Aécio terá 4min e 35s; enquanto Marina tem apenas 2min e 03s. No entanto, note que, em 2010, ela conseguiu quase 20 milhões de votos (19%), com apenas 1 minuto de tempo de TV para sua campanha.

Para o BBH, Marina, acima de tudo, poderia representar um choque de cultura positiva para os altos escalões da política brasileira. “Ela é visto como honesta, e dirige uma campanha anti-corrupção crível. Além disso, ela parece estar melhor posicionada para oferecer um governo que vai manter o foco nas questões sociais e para as classes menos favorecidas, sem apelar para as políticas econômicas populistas e de curto prazo”, afirma o banco.

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Mas, afirma o BBH, ao contrário de Modi, Marina enfrentará uma tarefa difícil para formar uma maioria no Congresso.

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.