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SÃO PAULO – “O PSB, que agora é o favorito na corrida presidencial do Brasil, teve o seu ímpeto na disputa somado à forte presença da candidata Marina Silva no debate de ontem”. É o que afirma o Wall Street Journal, que destacou que a ex-senadora “brilhou” no debate transmitido pela TV Bandeirantes.
Marina Silva, que entrou oficialmente na corrida há apenas uma semana, foi muito bem, segundo o jornal americano. O WSJ ressalta que ela atacou a atual presidente Dilma Rousseff (PT) por não responder satisfatoriamente aos protestos de rua no ano passado que exigiram melhores serviços públicos. E ela criticou seu outro principal adversário, Aécio Neves, do PSDB, pelo seu desempenho na educação como governador do estado de Minas Gerais.
Um alvo frequente de perguntas diretas dos outros seis candidatos que participaram do debate, Marina Silva fez o máximo, afirmou o jornal, ressaltando que ela demonstrou confiança sobre o seu desejo de um governo mais inclusivo para melhorar a educação, segurança pública e a saúde.
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Entrevistado pelo WSJ, o cientista político da UNB (Universidade de Brasília), David Fleischer, disse que o desempenho da candidata dissipa quaisquer dúvidas de que faltasse fôlego a Marina Silva para competir ao mais alto cargo do Brasil. “Marina foi a única candidata a apresentar propostas de seu futuro governo”, disse Fleischer. “A onda veio para ficar.”
O jornal destaca ainda o perfil de Marina, evangélica e filha de seringueiros pobres do Acre e que a aproxima do eleitor. Porém, afirma a publicação, ainda é cedo para que ela “cante vitória”, uma vez que não está claro se as suas visões sociais podem acabar afastando alguns dos jovens urbanos adeptos à sua candidatura e que têm reforçado a sua campanha.
“Precisamos ver como Marina vai absorver a onda esperada de críticas de todos os outros candidatos e também como ela, que é uma pessoa conservadora e religiosa, irá responder a perguntas sobre a sua posição em questões como o aborto e a legalização das drogas”, disse Mauro Paulino, diretor do instituto de pesquisas Datafolha.
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Enquanto isso, o Financial Times ressaltou que Marina “sacode” a seleção brasileira, também afirmando que ela teve um bom desempenho no debate. E, para o jornal britânico, a ascensão de Marina Silva está ameaçando as esperanças de um segundo mandato para a atual presidente Dilma Rousseff.
Já o economista do Goldman Sachs, Alberto Ramos, destacou: “Marina Silva será desafiado nas próximas semanas para crescer além de um patamar de uma candidata que parece atrair uma grande parte do protesto/status quo. . . E também percebe-se que ela é flexível para garantir as condições de governabilidade mínimas”, disse ele.
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