Marina Silva deve vencer as eleições presidenciais contra Dilma, aponta Barclays

De acordo com os economistas da instituição, a candidata do PSB deve vencer no segundo turno a disputa contra Dilma Rousseff

Lara Rizério

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SÃO PAULO – A maré está virando nas eleições, de acordo com o Barclays. O banco se uniu a outras instituições financeiras e apontou Marina Silva como favorita para vencer as eleições de 2014, mudando o seu cenário-base de que Dilma Rousseff seria a vencedora. 

Após as pesquisas recentes mostrando Marina e Dilma praticamente empatadas no primeiro turno e com possível vitória da candidata pessebista em segundo turno, os economistas Marcelo Salomon e Koon Chow revisaram os seus modelos. 

Para eles, a economia fraca – reforçado pela Moody’s com a revisão da perspectiva do Brasil de neutro para negativa – juntamente com um novo escândalo de corrupção, parece estar sendo negativo para a popularidade de Dilma. A alta rejeição da atual presidente, de 33% ante 18% de Marina segundo o último Datafolha, deve ajudar a consolidar a liderança de Marina, com os votos podendo migrar para a sua candidatura. 

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“Em tal cenário, acreditamos que o seu programa econômico traria uma mudança positiva para o governo brasileiro. O ano de 2015 provavelmente será de ajustes e o crescimento pode acontecer só em 2016”, afirma. 

Por outro lado, as principais preocupações são com a capacidade de Marina de coordenar uma coalizão de governo para apoiar as suas políticas no Congresso, bem como conciliar a sua agenda com os setores de agronegócios, energia e petróleo.

Salomon e Chow ressaltam que, após a morte de Campos no último dia 13 de agosto, Marina entrou na disputa a níveis extremamente competitivos. Ela conseguiu votos de todos os extratos da população, mas especialmente do candidato Aécio Neves (PSDB) e dos eleitores indecisos. Em um segundo turno, Marina deve se beneficiar com a maior parte dos votos do PSDB, dada a similaridade de seus programas. Além disso, a atual presidente possui altos índices de rejeição que pode apoiar ainda mais a eleição da ex-senadora acreana. “Uma eleição decidida no segundo turno seria quase um referendo sobre a administração de Dilma e nós acreditamos que isso não pode beneficiá-la”.

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Além disso, os economistas também avaliam que o escândalo de corrupção na Petrobras é um novo e crítico fator que pode erodir o apoio a Dilma nas próximas semanas. Um novo escândalo de corrupção na companhia foi revelado na Veja, revelando um esquema de desvio de dinheiro para financiar partidos de coalizão nos mandatos de Lula e Dilma. A notícia também envolvida Campos porém, para eles, o escândalo é mais prejudicial para a candidata à reeleição pois não envolve apenas seu gabinete, mas também aconteceu quando ela estava no comando do conselho de consultores da empresa.

Além disso, Dilma deve mudar sua estratégia contra Marina para uma postura mais defensiva, como novas informações sobre o escândalo continuando no período eleitoral. O Barclays não é a única instituição a revisar suas projeções: o Nomura e o Fundo Verde apontaram Marina Silva como vencedora. 

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Lara Rizério

Editora de mercados do InfoMoney, cobre temas que vão desde o mercado de ações ao ambiente econômico nacional e internacional, além de ficar bem de olho nos desdobramentos políticos e em seus efeitos para os investidores.